17 mar, 2025 - 18:55 • Redação
Um grupo de cientistas presos na base sul-africana Sanae IV, na Antártida, enviou um e-mail a pedir para serem resgatados.
Numa mensagem enviada ao jornal “Sunday Times”, um dos investigadores mencionou um dos membros como “mentalmente instável” e “violento”.
O cientista refere ter havido uma tentativa de agressão por parte do colega a um dos membros, cujo nome não foi citado, e ameaçou matar outro, resultando num clima de “medo e intimidação”.
“Infelizmente, [o seu] comportamento chegou a um ponto que é extremamente perturbador. Especificamente, ele agrediu [x]. Além disso, ele ameaçou matar [x] (...). Eu continuo extremamente preocupado com a minha segurança, constantemente pensando se serei eu a próxima vítima (...) É imperativo ação imediata para garantir a segurança de todos”, refere.
O investigador acusou também esse membro da equipa de agressão sexual.
Dion George, ministro do ambiente da África do Sul, anunciou que vai conversar diretamente com a equipa para a situação ser avaliada, depois de ser chamado a intermediar.
“Houve uma discussão verbal entre o líder da equipa e esta pessoa. A discussão escalou e depois essa pessoa agrediu fisicamente o líder. Vocês podem imaginar como é, é um espaço apertado e as pessoas ficam com febre de cabine. Pode ser muito desorientador”, referiu o ministro, relembrando que são feitos vários exames psicológicos para alguém ser selecionado para trabalhar na base em condições desafiadoras.
A equipa encontra-se numa base completamente isolados, cujas temperaturas no inverno se costumam situar nos -23ºC, aproximadamente a 4023 quilómetros do ponto mais próximo da África do Sul, longe de qualquer contacto humano.
Devido ao clima instável, será difícil a prestação de assistência ou evacuação. A missão está prevista para durar mais de dez meses.