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Israel retoma operações militares terrestres em Gaza. ONU condena ataque que vitimou funcionários

19 mar, 2025 - 16:44 • Ricardo Vieira, com Reuters

Um funcionário das Nações Unidas morreu e cinco ficaram feridos. "As localizações de todas as instalações da ONU são conhecidas pelas partes do conflito", afirma o porta-voz de António Guterres.

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Israel retomou operações militares terrestres no centro e no sul da Faixa de Gaza, anunciaram esta quarta-feira as forças armadas.

O objetivo é reforçar o controlo no corredor de Netzarim, que atravessa Gaza, e criar uma zona-tampão parcial entre o norte e o sul do território palestiniano.

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As operações militares terrestres foram retomadas após o fim do cessar-fogo entre Israel e o movimento palestiniano Hamas.

Terça-feira foi o dia com mais vítimas palestinianas desde o início da guerra, a 7 de outubro de 2023. Ataques aéreos de Israel provocaram a morte a mais de 400 pessoas na Faixa de Gaza.

As ações prosseguiram esta quarta-feira e resultaram na morte de um funcionário das Nações Unidas e ferimentos noutros cinco.

O secretário-geral das Nações Unidas já condenou os ataques ao pessoal da ONU. O porta-voz de António Guterres afirma que todas as partes no ataque de Israel a Gaza sabiam onde as instalações da ONU estavam baseadas.

"O secretário-geral ficou profundamente triste e chocado ao saber da morte de um membro da equipa do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos, quando duas casas de hóspedes da ONU em Deir al Balah foram atingidas por ataques", escreveu um porta-voz do secretário-geral da ONU.

"As localizações de todas as instalações da ONU são conhecidas pelas partes do conflito, que são obrigadas pelo direito internacional a protegê-las e manter sua inviolabilidade absoluta", sublinha.

António Guterres envia as "suas mais profundas condolências à família do funcionário morto", que é de nacionalidade búlgara.

Desde o início do conflito em Gaza, pelo menos 280 funcionários da ONU foram mortos.

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