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Presidente da Turquia acusa Israel de terrorismo após ataques contra Gaza

19 mar, 2025 - 07:25 • Lusa

"O regime sionista demonstrou mais uma vez (...), com os seus brutais ataques em Gaza, que é um Estado terrorista que se alimenta do sangue, das vidas e das lágrimas de pessoas inocentes", declarou Erdogan.

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O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse esta quarta-feira que a quebra unilateral do cessar-fogo na Faixa de Gaza provou que Israel é um "Estado terrorista que se alimenta do sangue de inocentes".

"O regime sionista demonstrou mais uma vez (...), com os seus brutais ataques em Gaza, que é um Estado terrorista que se alimenta do sangue, das vidas e das lágrimas de pessoas inocentes", declarou Erdogan.

Durante um discurso na Academia Militar da Universidade de Defesa Nacional turca, o chefe de Estado afirmou que "os responsáveis pela barbárie" serão responsabilizados "por cada gota de sangue derramada".

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, os ataques aéreos israelitas lançados na terça-feira causaram pelo menos 404 mortos e 562 feridos.

"Este regime sionista, infelizmente, cometeu genocídio e massacrou-os durante a Zahora", disse o chefe de Estado turco, referindo-se à refeição feita pelos muçulmanos antes do amanhecer durante o mês sagrado do Ramadão.

"Se o fogo que queima crianças, bebés e mulheres inocentes continuar com esta arrogância, este estado de loucura, esta imprudência e insolência, um dia também engolirá aqueles que seguram o archote e deitam achas para a fogueira", avisou Erdogan.

O Presidente turco reiterou que Ancara apoia "o povo oprimido de Gaza" e continuará a intensificar os "esforços diplomáticos para impedir os massacres, estabelecer a paz e restaurar o cessar-fogo" entre Israel e o Hamas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na terça-feira que ordenou os ataques aéreos devido à falta de progressos nas negociações em curso com o Hamas para prolongar o cessar-fogo.

Num discurso transmitido pela televisão, Netanyahu disse que as negociações sobre a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza "só terão lugar sob fogo, a partir de agora", considerando que a pressão militar "é essencial" para garantir o regresso dos israelitas sequestrados em 07 de outubro de 2023.

O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, que lidera um partido de extrema-direita, indicou que o ataque tem como objetivo "devolver todos os reféns e eliminar a ameaça que a Faixa de Gaza representa para os cidadãos de Israel".

As famílias dos cerca de 20 reféns israelitas que ainda estão na Faixa de Gaza pediram aos apoiantes que participassem hoje num protesto junto ao parlamento de Israel contra o fim do cessar-fogo.

Familiares dos reféns disseram à agência de notícias Associated Press que o tempo está a esgotar-se, principalmente após as recentes libertações de reféns com aspeto emaciado, que mais tarde descreveram as duras condições de cativeiro.

Izzat al-Risheq, dirigente do Hamas, disse na terça-feira que a decisão do primeiro-ministro israelita equivale a uma "sentença de morte" para os restantes reféns.

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