20 mar, 2025 - 11:29 • Pedro Mesquita , Olímpia Mairos
O investimento da Europa em defesa não pode ser encarado apenas como um aumento da despesa. O aviso foi deixado por Luís Montenegro à entrada para o Conselho Europeu, em Bruxelas.
“Continuaremos a tomar decisões que visam reforçar as capacidades da União Europeia como um todo, e de cada um dos seus Estados Membros na área da defesa, projetando investimentos nos próximos anos que, de alguma maneira, são também uma ligação com o ponto principal da agenda, que é a competitividade e a alavancagem do nosso mercado interno”, afirmou Luís Montenegro.
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O primeiro-ministro realçou que o reforço do investimento deve ser encarado “como isso mesmo, como um investimento e não apenas como um aumento da despesa”.
Noutro plano, Luís Montenegro deixou uma mensagem indireta a Macron: a Europa não deve atrasar-se mais na concretização de um mercado energético comum.
“É muito importante que a Europa não se atrase mais na salvaguarda de princípios que são fundamentais para ter capacidade de ser competitiva do ponto de vista económico e um deles é termos um mercado energético comum, com acesso à energia mais barata”, defendeu.
Para o primeiro-ministro, é preciso “passar das palavras aos atos, não vale a pena estarmos sempre a reiterar a necessidade de termos uma política comum, de termos uma política de formação de preço comum, de baixarmos esse custo e depois não criarmos as infraestruturas que verdadeiramente o podem potenciar”.
“Creio que conseguiremos ter nas conclusões uma referência específica às interligações, que tem sido um cavalo de batalha de Portugal”, completou.
O Conselho Europeu que se pode prolongar até sexta-feira, é dedicado ao tema da competitividade económica para financiar as necessidades de investimento em defesa, mas será dominado pela atualidade quando se fala de um eventual cessar-fogo parcial na Ucrânia.