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Ataques israelitas contra a Faixa de Gaza matam mais 43 pessoas

21 mar, 2025 - 06:10 • Lusa

Os ataques israelitas causaram a morte de quase 600 pessoas e já deixou mais de 1.000 pessoas feridas.

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A ofensiva israelita na Faixa de Gaza, retomada na terça-feira após um cessar-fogo de dois meses, matou, pelo menos, mais 43 pessoas e feriu outras 82 durante a noite, avançou esta sexta-feira a imprensa palestiniana.

De acordo com o jornal Filastin, ligado ao movimento islamita palestiniano Hamas, o diretor do Hospital Indonésio afirmou que "o norte de Gaza teve uma noite difícil".

Marwan Sultan recordou que Israel "destruiu máquinas de oxigénio e outros equipamentos necessários" para o tratamento médico dos feridos.

"Estamos a enfrentar dificuldades para responder às necessidades do enorme número de feridos. A situação em Gaza é catastrófica, e a região está a enfrentar um genocídio", acrescentou o médico.

O jornal avançou que também ocorreram ataques contra as cidades de Rafah e Khan Yunis, ambas no sul da Faixa de Gaza, e contra o campo de refugiados de Al-Bureij, no centro.

Os ataques israelitas tinham causado a morte de pelo menos 591 palestinianos e ferido 1.042 nas últimas 72 horas, indicou na quinta-feira à noite o Governo da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

"Desde a madrugada de terça-feira até agora, o Exército de ocupação israelita cometeu dezenas de massacres em diversas zonas da Faixa de Gaza, através de violentos bombardeamentos aéreos direcionados, e sem aviso prévio, contra habitações de civis. Isto causou a morte de 591 palestinianos e ferimentos em outros 1.042 que conseguiram chegar aos hospitais", referiu o Governo num comunicado.

Na nota, o Governo de Gaza recorda ainda que a percentagem de crianças, mulheres e idosos mortos ultrapassou os 70% do total de mortes durante este período, razão pela qual considera que Israel "continua a atingir diretamente civis como parte de um crime sistemático de genocídio".

"Esta agressão brutal reflete a intenção premeditada da ocupação de completar o genocídio do nosso povo na Faixa de Gaza, com o apoio dos Estados Unidos e um vergonhoso silêncio internacional", acrescenta no texto.

Por outro lado, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou na quinta-feira às suas tropas, após uma reunião com altos responsáveis da Defesa, que "continuem a intensificar as operações em Gaza", onde "a pressão militar está já a afetar as posições do Hamas".

Também na quinta-feira, o Presidente israelita, Isaac Herzog, manifestou-se "profundamente perturbado" com o recomeço dos ataques na Faixa de Gaza e consequências destes no regresso dos reféns ali mantidos pelo Hamas, desafiando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"É impensável retomar os combates enquanto se prossegue a missão sagrada de repatriar os nossos reféns", acrescentou o chefe de Estado, cargo a que não competem poderes, mas que é geralmente respeitado.

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