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Guerra Israel-Hamas

Israel confirma morte de nomeado pelo Hamas para chefiar Gaza

24 mar, 2025 - 17:33 • Lusa

Barhum era o responsável pela pasta das Instituições e Finanças e tinha sido escolhido para suceder a al-Dalis na chefia do governo de Gaza.

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As Forças de Defesa de Israel (IDF) e os Serviços de Segurança Interna israelitas (Shin Bet) confirmaram esta segunda-feira a morte de Ismail Barhum, membro do Hamas nomeado para chefiar o governo da Faixa de Gaza.

Barhum pertencia ao Comité Executivo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e fora designado pelo grupo radical palestiniano para suceder ao falecido Isam al-Dalis como chefe do governo da Faixa de Gaza, que tutela desde 2007.

O anúncio das autoridades israelitas confirma as informações fornecidas na véspera pelo governo de Gaza, que indicavam que Barhum tinha morrido na sequência de um ataque do exército israelita ao edifício de cirurgia do Hospital Nasser, em Khan Yunis, onde o chefe do executivo do enclave recuperava de ferimentos sofridos num ataque anterior.

O exército israelita sublinhou o facto de Barhum se encontrar no hospital como "mais um exemplo de como a organização terrorista Hamas viola sistematicamente o direito internacional" ao apoderar-se de infraestruturas civis e ao utilizar a população como "escudo humano para as suas operações".

Barhum era o responsável pela pasta das Instituições e Finanças e tinha sido escolhido para suceder a al-Dalis na chefia do governo de Gaza.

As autoridades israelitas consideram-no também uma "figura central" do aparelho político da organização e o responsável pelas decisões contra as forças das FDI na Faixa de Gaza.

Como chefe das finanças do Hamas, era responsável pelo envio de fundos para a ala militar da organização, as Brigadas Ezzeldin al-Qassam, para "planear e executar conspirações terroristas contra o Estado de Israel", segundo argumentaram os militares israelitas numa publicação nas redes sociais.

"Estes fundos financiavam a sobrevivência da organização na Faixa de Gaza e eram utilizados para atividades terroristas e para a compra de armas, que constituíam uma ameaça para os cidadãos do Estado de Israel", referiram as autoridades militares israelitas, avisando que vão continuar a atuar contra o Hamas e "eliminar qualquer ameaça para os cidadãos" do país.

As autoridades da Faixa de Gaza anunciaram na véspera a morte de Barhum e de um rapaz de 16 anos no Hospital Nasser.

Israel, por seu lado, confirmou um "ataque dirigido a um 'terrorista-chave' da organização" após um "processo de informação exaustivo", sem dar mais pormenores.

No domingo, o Hamas confirmou a morte de um outro alto funcionário do gabinete político em Gaza, Salah al-Bardawil, num ataque aéreo israelita ocorrido no sábado.

Salah Al-Bardawil, de 65 anos, terá sido morto juntamente com a mulher num campo em al-Mawasi, perto de Khan Yunis.

Este alto funcionário do Hamas ter-se-á juntado ao grupo islamita palestiniano quando este foi fundado em 1987, servindo como porta-voz em Khan Yunis antes de subir na hierarquia até ser eleito para o gabinete político em 2021.

O Hamas descreve que al-Bardawil denunciou a cooperação de segurança entre a Autoridade Palestiniana e Israel e apoiou a luta armada contra Israel. Foi preso por Israel em 1993 e interrogado por 70 dias em prisões em Gaza e Ashkelon, no sul de Israel, segundo relatou o grupo radical.

Também terá sido preso diversas vezes pelas forças de segurança da Autoridade Palestiniana.

O exército israelita também confirmou que havia "eliminado" Salah al-Bardawil, descrito como um "alto funcionário do gabinete político do Hamas que liderou o plano estratégico e militar do movimento".

"Esta eliminação representa um golpe significativo nas capacidades organizacionais e operacionais do Hamas", acrescentou o exército.

Este é o terceiro membro do gabinete político do Hamas a ser morto desde que o exército retomou os ataques aéreos na terça-feira contra o enclave, depois do líder do governo de Gaza, Essam al-Dalis, e Yasser Harb.

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