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"Enganador, desacreditado". Casa Branca nega ter divulgado planos para atacar rebeldes Houthi

25 mar, 2025 - 09:48 • André Rodrigues

Chefe de redação da revista The Atlantic considera "chocante" a sua inclusão num grupo onde circulava informação militar classificada.

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A administração norte-americana nega ter enviado mensagens de texto com planos de ataque aos rebeldes Houthi do Iémen.

O esclarecimento foi feito nas últimas horas pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, reagindo às notícias segundo as quais um grupo de funcionários da Casa Branca partilhou, acidentalmente, planos militares confidenciais com Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista The Atlantic.

De acordo com a agência AFP, o incidente ocorreu durante uma conversa na aplicação de mensagens Signal, onde foi revelada informação classificada sobre os planos dos Estados Unidos para atacar as milícias Houthi.

Referindo-se a Goldberg, o secretário norte-americano de Defesa, Pete Hegseth, classifica o jornalista como "enganador e desacreditado", alguém que "tem dedicado a sua carreira a vender embustes vezes sem conta, incluindo os embustes da Rússia ou os embustes das pessoas de bem de ambos os lados".

"Ninguém estava a enviar mensagens de texto com planos de guerra e é tudo o que tenho a dizer sobre isso", assegurou Hegseth, rematando uma breve declaração feita aos jornalistas.

O grupo “Houthi PC small group”, foi criado na aplicação Signal pelo conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos e incluía, entre outros, elementos da administração como JD Vance e o próprio secretário de Defesa.

Em declarações à rádio The Atlantic, o chefe de redação da revista, Jeffrey Goldberg, considera "chocante" o facto de ter sido incluído na conversa.

"Porque é que esta conversa está a acontecer às claras? O Signal é encriptado, mas é um serviço comercial de mensagens de texto a que qualquer pessoa pode aderir. Esqueçam o editor da Atlantic. Podiam ter incluído um Houthi, ou alguém que simpatiza ativamente com os Houthis e que partilha informações em tempo real", denunciou.

Também o Presidente Donald Trump foi confrontado com a polémica, mas alegou desconhecer o caso.

No entanto, o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos reconhece a autenticidade das mensagens e anunciou uma investigação para determinar as razões que levaram a que o contacto do jornalista fosse adicionado ao grupo.

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