26 mar, 2025 - 08:06 • Reuters
Uma deputada australiana levou, esta quarta-feira, um salmão morto para o Parlamento, em forma de protesto contra as leis propostas pelo governo de exploração de salmão numa baía na costa oeste da Tasmânia, considerado património mundial.
O projeto de lei está a ser debatido no Senado, onde deve ser aprovado nos últimos dias do governo do primeiro-ministro Anthony Albanese, antes das eleições gerais previstas para maio.
Em forma de crítica ao projeto de lei, a senadora do partido Os Verdes, Sarah Hanson-Young, acusou o governo de "destruir" as proteções ambientais para apoiar uma "indústria de salmão tóxica e poluente".
A deputada empunhou um salmão morto inteiro, dentro de um saco plástico, enquanto perguntou à senadora trabalhista Jenny McAllister, representante do ministro do Meio Ambiente: "Na véspera da eleição, vendeu a sua pasta ambiental por um salmão podre e malcheiroso, em extinção?"
Depois de alguma comoção e da presidente do Senado, Sue Lines, pedir a Hanson-Young para remover “o adereço”, McAllister respondeu: “A minha opinião é que os australianos merecem mais dos seus representantes públicos do que acrobacias”.
O Partido Trabalhista de Albanese sustentou que o projeto de lei é necessário para proteger empregos na indústria de criação de salmão da Tasmânia, mas grupos ambientalistas e o Partido Verde mostram-se preocupados com a poluição química e de nutrientes causada pela indústria e os seus efeitos na vida marinha, incluindo a rara raia Maugean, encontrada apenas nos portos de Macquarie e Bathurst, na Tasmânia.