26 mar, 2025 - 20:42 • Fábio Monteiro
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, esta quarta-feira, um reforço de dois mil milhões de euros em apoio militar à Ucrânia.
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O anúncio foi feito durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Paris, na véspera da cimeira “Coligação de Vontades”, iniciativa que visa mobilizar mais apoio à defesa ucraniana.
“Continuaremos a estar ao lado da Ucrânia. É do interesse do continente europeu e da nossa segurança. Há três anos que a Ucrânia enfrenta um combate que ultrapassa as suas fronteiras”, afirmou Macron.
O novo pacote financeiro representa a primeira tranche de um esforço financeiro que a França quer ver replicado pelos restantes aliados.
Guerra na Ucrânia
Acordos foram conseguidos de forma separada pelos (...)
“Estes dois mil milhões de euros fazem parte de uma primeira tranche com vista a mobilizar também amanhã todos os parceiros para continuarmos este apoio imediato à Ucrânia”, explicou Macron.
Durante a intervenção, Macron criticou a postura de Moscovo nas negociações e rejeitou qualquer legitimidade russa para impor termos num eventual acordo de paz.
“A Rússia não pode ditar as condições para uma paz duradoura na Ucrânia”, disse.
O presidente francês apelou ainda a um cessar-fogo imediato de 30 dias, sem condições prévias, acusando o Kremlin de revelar um claro “desejo de guerra”.
Do lado ucraniano, Zelensky agradeceu o apoio francês e salientou a importância deste momento. “Este é um momento decisivo para o mundo. A forma como hoje os líderes desenharem a segurança na Europa terá impacto em muitas gerações vindouras”, afirmou.
Zelensky sublinhou ainda o impacto prático da ajuda militar, destacando os caças Mirage fornecidos por França como “um elemento-chave” na defesa aérea da Ucrânia, permitindo contrariar jatos e drones russos.