29 mar, 2025 - 19:26 • Alexandre Abrantes Neves
São uma das várias equipas no terreno e precisam de todo o apoio para poderem ajudar as vítimas. A Cruz Vermelha Internacional lançou uma campanha de angariação de donativos monetários, também disponível em Portugal, para reforçar os meios da organização em Myanmar.
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Em declarações à Renascença, Gonçalo Órfão, coordenador nacional de emergência em Portugal, assinala que, apesar de estar a ser preparada uma ponte aérea humanitária, não é exequível enviar meios materiais para ajudar nas operações de resgate.
Por isso, e perante a falta de capacidade dos meios no local para responderem à destruição provocada pelo sismo, a Cruz Vermelha decidiu apostar numa campanha com doações apenas financeiras.
“Logisticamente, não é sequer rentável enviar produtos daqui para lá. Se queremos reforçar a capacidade regional de resposta das outras Cruz Vermelhas, a forma mais eficaz e fácil é ir a mercados próximos e reforçar o próprio mercado. Por isso, em Myanmar, é necessário o reforço da capacidade económica local para responder a um desastre desta magnitude”, esclareceu.
Na região de Mandalay, epicentro do abalo, há mais(...)
Todos os donativos, que podem ser feitos no site da organização pelo menos durante o próximo mês, vão depois ser enviados para a delegação da Cruz Vermelha em Myanmar. Por enquanto, o envio de profissionais de saúde não está em cima da mesa, mas também não é uma hipótese excluída – tudo depende da avaliação que vier a ser feita pelas estruturas internacionais e nacionais da organização.
“O envio de profissionais só vai ser efetuado se houver uma necessidade identificada perante uma avaliação de necessidade que é feita em colaboração com os correspondentes em Myanmar, o governo do Myanmar e a Federação Internacional da Cruz Vermelha. Estamos em grupos de trabalho da dederação a fazer esta análise conjunta e, se houvesse a necessidade, a CVP terá disponibilidade de integrar essas equipas internacionais”, prevê Gonçalo Órfão.
O abalo de 7.7 na escala de Richter sentido na madrugada de quinta para sexta-feira já provocou mais de 1.600 mortos e mais de três mil feridos em Myanmar. As agências das Nações Unidas pedem uma “resposta internacional forte”, numa altura em que o socorro humanitário está a ser dificultados pelos danos nas estradas e nos hospitais e também pela guerra civil, que se prolonga desde 2021.