30 mar, 2025 - 18:34 • Alexandre Abrantes Neves , Miguel Marques Ribeiro
Netanyahu reafirma que o fim da guerra e a reconstrução da Faixa de Gaza devem seguir o plano apresentado pelos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o seu gabinete anunciou uma visita à Hungria, de 2 a 6 de abril, desafiado assim a ordem de detenção do Tribunal Penal Internacional sob a acusação de crimes de guerra e contra a humanidade.
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Em conferência de imprensa realizada este domingo, o primeiro ministro israelita negou estar a boicotar as negociações para uma fase do cessar-fogo, depois dos bombardeamentos do território terem sido retomados, o que provocou centenas de baixas entre os civis. "A alegação de que não estamos dispostos a falar sobre a fase final [do acordo] é incorreta. Estamos dispostos a fazê-lo", afirmou.
O responsável israelita mostrou-se ainda confiante que a pressão militar exercida sobre o território acabará por dar frutos: "O Hamas vai depor as armas. O lideres serão autorizados a sair. Garantiremos a segurança geral na Faixa de Gaza". Para Israel, as capacidades militares e governamentais do Hamas devem ser esmagadas.
Desde o início deste mês, Israel bloqueou a entrad(...)
O responsável israelita, declarou que este desfecho acabará por permitir "a implementaçao do plano de Trump, o plano de migração voluntária". Em fevereiro, o presidente norte-americano disse pretender retirar da Faixa de Gaza todos os palestinianos e transformar o território numa Riviera do Médio Oriente. "Este é o plano, não estamos a escondê-lo e estamos dispostos discuti-lo a qualquer altura", sublinhou Netanyahu.
Este sábado, o Hamas aceitou a proposta apresentada pelos mediadores para uma nova trégua. Esta prevê que sejam libertados cinco reféns por semana, mas a organização islamita recusa depôr as armas, passo que Israel considera fundamental.
Netanyahu vai viajar para a Hungria na próxima semana, apesar de sobre ele pender uma ordem de detenção do Tribunal Penal Internacional.
O líder israelita é acusado de ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.
Foram também emitidos mandatos de captura pelos mesmos crimes para o antigo chefe da Defesa israelita, Yoav Gallant, bem como para um líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri.
Esta será a segunda vez que o primeiro-ministro se desloca ao estrangeiro, depois de uma ida a Washington em fevereiro, para se encontrar com Donald Trump.