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Guerra na Ucrânia

Kallas pede aos EUA para pressionar mais a Rússia

31 mar, 2025 - 13:40 • Lusa

"Neste momento, aquilo que precisamos é que a Rússia concorde com o cessar-fogo", disse a alta-representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da União Europeia.

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A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, pediu esta segunda-feira aos Estados Unidos para "colocar mais pressão" sobre a Rússia para Kiev aceitar um cessar-fogo na Ucrânia e terminar a guerra.

Kallas, que falava a jornalistas em Madrid, saudou o papel dos Estados Unidos na abertura de conversações entre a Rússia e a Ucrânia, mas considerou que o governo norte-americano tem de desempenhar outro papel para além de mero mediador. "Neste momento, aquilo que precisamos é que a Rússia concorde com o cessar-fogo. Penso que os EUA têm de ter também um papel de colocar mais pressão à Rússia para parar esta guerra", disse a alta-representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da União Europeia.

Kaja Kallas afirmou que passaram três semanas desde que a Ucrânia aceitou um "cessar-fogo incondicional" ao mesmo tempo que a Rússia continua "a jogar jogos" demonstrando que não quer realmente a paz. A chefe da diplomacia europeia disse que a Rússia tem de ser pressionada a mostrar que quer a paz, nomeadamente, aceitando um cessar-fogo, devolvendo crianças ucranianas que levou para território russo e libertando prisioneiro de guerra.

Kaja Kallas falava à entrada para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros conhecida como G5+ ou "Weimar Plus", um fórum de coordenação em matéria de defesa na Europa e de apoio à Ucrânia.

Estão representados neste grupo Alemanha, França, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido. Participam no encontro de hoje em Madrid também representantes da União Europeia (Kallas e o comissário da Defesa, Andrius Kubilius) e, de forma telemática, o chefe da diplomacia da Ucrânia, Andriy Sibiga.

Kallas disse que além da Ucrânia, na agenda do encontro está o reforço de meios de defesa da União Europeia (UE), como propõe Bruxelas, que pretende mobilizar 800 mil milhões de euros para defesa e segurança.

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Espanha e anfitrião do encontro, José Mnauel Albares, acrescentou que por iniciativa de Madrid na agenda de hoje está ainda a situação e a instabilidade na designada "vizinhança sul" da Europa, numa referência ao norte de África e à região do Sahel.

À entrada para o encontro, vários ministros fizeram declarações aos jornalistas, todos com a mesma mensagem de condenação à Rússia e de manutenção do apoio incondicional à Ucrânia. O MNE francês, Jean-Noël Barrot, afirmou que a Rússia "continua a cometer crimes de guerra" e disse que Kiev tem de dar "uma resposta clara em relação à sua vontade de caminhar rumo à paz" aos Estados Unidos, que abriram as conversações entre as duas partes.

Também o MNE do Reino Unido, David Lammy, pediu uma "paz duradoura" na Ucrânia e disse que para ser alcançada o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, "tem de aceitar um cessar fogo sem condições imediato".

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  • Pressionar, quem?
    31 mar, 2025 Europa 14:56
    Mas os EUA estão a "pressionar" alguém que não seja a Ucrânia, desejosos que estão de assinar um "acordo" predatório, praticamente a troco de nada? Por Trump, já teriam sido levantadas as sanções, devolvidos os fundos Russos, cobrar a reconstrução da Ucrânia à própria Ucrânia, e "business as usual".

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