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Hamas pede revolta violenta em todo o mundo contra plano de Trump para Gaza

31 mar, 2025 - 23:59 • Lusa

O Hamas declarou a sua intenção de renunciar ao controlo de Gaza, mas não de depor as armas, uma "linha vermelha" para o movimento islamista palestiniano.

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O Hamas apelou hoje que "qualquer pessoa que possa andar armada" combata em qualquer lugar o plano do Presidente norte-americano Donald Trump, de deslocar os residentes da Faixa de Gaza e assumir o controlo do território palestiniano.

"Perante este plano diabólico, que combina massacres e fome, qualquer pessoa capaz de transportar uma arma em qualquer parte do mundo deve agir", frisou um líder do movimento islamista palestiniano, Sami Abou Zouhri, em comunicado.

"Não guardem um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Que todos quebrem o silêncio", acrescentou.

O apelo surge um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter oferecido a opção de permitir que os líderes do Hamas abandonem Gaza com a condição de que o movimento islâmico palestiniano deponha as armas.

O Hamas declarou a sua intenção de renunciar ao controlo de Gaza, mas não de depor as armas, uma "linha vermelha" para o movimento islamista palestiniano.

Netanyahu indicou ainda que Israel está a trabalhar num plano de Trump para realocar os residentes de Gaza para outros países e disse que, após a guerra, Israel irá fornecer segurança em Gaza e "possibilitar a implementação do plano de Trump".

Dias depois de ter tomado posse, no final de Janeiro, Trump propôs que os 2,4 milhões de residentes de Gaza fossem expulsos do território sem direito de regresso.

Pareceu depois voltar atrás, dizendo que "não levaria avante" o plano amplamente condenado.

As autoridades israelitas, no entanto, parecem estar a levar o plano de Donald Trump a sério, uma perspetiva que preocupa o Hamas, de acordo com Alan Mendoza, diretor executivo da Henry Jackson Society, um 'think tank' britânico.

"Isto preocupa o Hamas porque a sua própria existência depende do controlo de Gaza. Sem esse controlo, o movimento já não pode existir", apontou Mendoza, à agência France-Presse (AFP).

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