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Wall Street encerra sem rumo dividida entre ações defensivas e tecnológicas

01 abr, 2025 - 00:01 • Lusa

Trump tenciona erigir novas barreiras alfandegárias que devem depender das taxas que os países em causa imponham aos produtos dos EUA.

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A bolsa nova-iorquina encerrou esta segunda-feira sem rumo, com os investidores a aproveitarem um mercado em nítido recuo nas últimas semanas, perante a política comercial de Donald Trump, com os valores defensivos a atraírem em detrimento dos tecnológicos.

O resultado da sessão indica que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 1,00% e o alargado S&P500 avançou 0,55%, o que não o impedir de ter fechado hoje o seu pior trimestre desde 2022.

Já o tecnológico Nasdaq recuou 0,14%.

Para Sam Stovall, da CFRA, os títulos "estavam vendidos em excesso, o que significa que havia uma dinâmica bolsista muito importante" perante os receios suscitados pela guerra comercial iniciada por Donald Trump.

A sessão "indica que os investidores pensam que se trata de uma fraqueza de curto prazo", mas procurando, em todo o caso, orientar os seus investimentos para "ações que têm tendência para resistir melhor durante as descidas bolsistas".

Em consequência, os valores ditos defensivos, i.é, teoricamente menos sensíveis à conjuntura, evoluíram com ganhos, o que explica o bom desempenho do Dow Jones.

Ao contrário, os que têm sustentado o crescimento bolsista nos últimos foram penalizados, casos de grandes nomes da tecnologia, como Tesla (-1,67%), Amazon (-1,28%), Meta (-0,07%), Microsoft (-0,90%) e Nvidia (-1,18%).

Para Sam Stovall, os operadores bolsistas "beneficiaram de uma situação de vendas excessivas, uma vez que sabiam que as nivas taxas alfandegárias não começam antes de quarta-feira".

Mas, "pode assistir-se a novas vendas, se o presidente se mostrar ainda mais categórico quanto às sobretaxas que vai impor aos nossos parceiros", adiantou.

Depois do aço e do alumínio, e antes do automóvel, Trump, tenciona alargar a ação na quarta-feira, com as designadas taxas alfandegárias "recíprocas".

A 02 de abril, que já designou como o "dia da libertação", Trump tenciona erigir novas barreiras alfandegárias que devem depender das taxas que os países em causa imponham aos produtos dos EUA.

Trump mantém incógnitas quando o dia se aproxima, em particular sobre os países envolvidos.

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