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Departamento de Justiça pede sete anos de prisão para George Santos

06 abr, 2025 - 09:33 • Lusa

Ex-congressista republicano George Santos declarou-se, no ano passado, culpado de acusações como fraude eletrónica e usurpação de identidade.

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O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos requereu sete anos e três meses de prisão para o ex-congressista republicano George Santos, que no ano passado se declarou culpado de acusações como fraude eletrónica e usurpação de identidade.

"[O DOJ] quer que eu vá para a prisão durante 87 meses, enquanto permitem que os traficantes sexuais andem em liberdade, punem brandamente os barões da droga e se recusam a processar a conspiração de pedófilos que permeia todas as estruturas de poder do mundo, incluindo o Governo", escreveu, no sábado, Santos na rede social X (antigo Twitter).

Os procuradores federais do Distrito Leste de Nova Iorque argumentaram na sexta-feira, num documento apresentado em tribunal, que Santos é um "mentiroso e vigarista patológico" que durante anos "fabricou e promoveu uma biografia que o retratava como um empresário bem-sucedido e rico".

Assim, lembraram que Santos mentiu sobre o seu percurso universitário e profissional, alegando falsamente ter trabalhado em entidades como o Citigroup e o Goldman Sachs.

Por sua vez, os advogados do político de ascendência brasileira pediram uma pena de prisão de dois anos e, posteriormente, liberdade condicional.

Santos declarou-se culpado em agosto de 2024, num tribunal federal na cidade de Nova Iorque, por fraude eletrónica e usurpação de identidade para evitar julgamento.

Como parte do acordo com os procuradores, Santos, que fez manchetes pela rede de mentiras que inventou para vencer as eleições em 2022, deverá pagar quase 375 mil dólares (342 mil euros, ao câmbio atual) e ver confiscados outros 205 mil dólares (187 mil euros).

O político, de 36 anos, enfrentou acusações de conspiração, fraude eletrónica, declarações falsas, falsificação de registos, usurpação de identidade agravada e fraude de cartão de crédito, entre outras.

O jornal The New York Times noticiou, pouco depois da eleição de Santos, em novembro de 2022, todas as falsidades sobre o seu currículo, nomeadamente relativas à sua família, religião, estudos, experiência profissional ou passatempos, tendo o próprio admitido que tinha "adornado" alguns detalhes.

George Santos foi expulso do Congresso norte-americano em dezembro de 2023.

Entre as falsidades relatadas incluíam-se ser descendente de judeus sobreviventes do Holocausto que alegadamente fugiram das atrocidades nazis durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ou ser licenciado pela Universidade de Nova Iorque.

Santos mentiu ao Congresso sobre a sua riqueza, usou donativos de campanha para pagar despesas pessoais e recebeu subsídios de desemprego enquanto trabalhava.

A divulgação da sentença de George Santos está marcada para 25 de abril.

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