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Vem aí o substituto do GPS? Navegação quântica deve ser aposta dos próximos anos

08 abr, 2025 - 13:15 • João Malheiro

Sensores quânticos podem recolher informação muito mais precisa e fiável do que os sistemas de GPS atuais. Boeing já fez um voo de teste à base da navegação quântica.

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Desenvolvido nos anos 70 e já plenamente introduzido no nosso dia-a-dia nos anos 90, o sistema de GPS - sigla inglesa para o termo "Sistema de Posicionamento Global" - pode, agora, estar perto de ser substituído por uma nova tecnologia: a navegação quântica.

Qualquer condutor pode ver o seu GPS enganar-se no caminho ou perder o sinal, devido à falta de rede. As agências de segurança preocupam-se com questões mais graves, como a interceção, corrupção ou imitação intencional do sinal dos satélites, para usos nefastos, como a violação de privacidade, espionagem e, até, terrorismo.

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A navegação quântica pode ser a resposta para estes problemas, pois, segundo o especialistas, o sinal desta tecnologia não é suscetível a interferências. Mas, afinal, como é que isto é possível?

A física quântica estuda e descreve dimensões abaixo do tamanho de um átomo, como moléculas, elétrons, prótons e outras partículas. Estas partículas podem existir em vários estados e dimensões.

Um sensor quântico, ou seja, que é sensível a estes pormenores tão pequenos e complexos, consegue detetar e registar as mais subits alterações no tempo, gravidade ou campos eletromagnéticos. É esta precisão que pode ser útil para criar um novo sistema de navegação.

Os submarinos podem viajar pelas profundezas do oceano sem ter de subirem à superfície para atualizarem a sua localização ou aviões podem viajar pelo céu sem medo de sofrerem qualquer perda de sinal.

São alguns dos cenários que os especialistas acreditam podem muito bem tornar-se realidade nos próximos anos. Mas há muito a fazer até se tornar a norma.

Por agora, a tecnologia ainda está em fases de teste. No ano passado, a Boeing realizou o primeiro voo à base de um sistema de navegação quântica com sucesso. O avião esteve no ar durante quatro horas sem usar GPS.

A empresa quer lançar uma rede de satélites à base de sensores quânticos já em 2026 e o Reino Unido pretende, a partir de 2030, implementar a tecnologia nas suas principais aeronaves.

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