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China nega envolvimento chinês organizado na guerra na Ucrânia e defende neutralidade

09 abr, 2025 - 12:58 • Lusa

A resposta surge depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter revelado na terça-feira a detenção de dois chineses que lutavam pela Rússia e ter afirmado que Kiev tem indicações de que poderão existir "muitos mais".

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A China negou esta quarta-feira que os seus cidadãos estejam a participar de forma organizada na guerra na Ucrânia ao lado de tropas russas e reiterou a sua posição de neutralidade e empenho numa solução política para o conflito.

"A posição da China sobre a crise na Ucrânia é clara e consistente e é amplamente reconhecida pela comunidade internacional", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Lin Jian ao ser questionado sobre a alegada captura de dois cidadãos chineses na frente do Donbas.

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O porta-voz disse que Pequim está a "verificar a informação com o lado ucraniano" e sublinhou que o Governo chinês sempre exigiu aos seus cidadãos que "se mantenham afastados das zonas de conflito e se abstenham de participar em operações militares de ambos os lados".

A resposta surge depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter revelado na terça-feira a detenção de dois chineses que lutavam pela Rússia e ter afirmado que Kiev tem indicações de que poderão existir "muitos mais".

Questionado sobre as críticas do Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, segundo as quais estes acontecimentos "põem em causa a credibilidade da China enquanto potência a favor da paz", Lin defendeu que Pequim "mantém uma posição objetiva e imparcial" e está "empenhada em promover o cessar-fogo e o diálogo".

"O mundo tem testemunhado os esforços construtivos da China na procura de uma solução política", acrescentou.

Pequim tem repetidamente rejeitado as acusações ocidentais de possível apoio militar a Moscovo e defende uma abordagem baseada no respeito pela integridade territorial dos países e pelas "preocupações legítimas de todas as partes", numa referência à Rússia.

A captura dos dois alegados combatentes chineses representa uma nova frente diplomática para Pequim, no meio de tensões crescentes com os Estados Unidos e a União Europeia.

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