11 abr, 2025 - 00:22 • Lusa
As taxas aduaneiras adicionais aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos chineses atingem agora 145%, indica um decreto da Casa Branca hoje divulgado.
O aumento de 125% nos direitos aduaneiros, anunciado na quarta-feira por Donald Trump relativamente à China, vem juntar-se aos 20% já em vigor desde o início de março, no âmbito do combate ao tráfico de fentanil, um potente opioide responsável por uma grave crise de saúde pública nos Estados Unidos, de acordo com o texto do decreto.O documento pormenoriza as condições de aplicação da nova ofensiva contra a China, anunciada na véspera, e confirma igualmente a suspensão parcial de algumas taxas dirigidas a outros países.
A Casa Branca indicou à cadeia de televisão CNBC que há ainda a acrescentar as tarifas já em vigor antes do regresso de Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Um responsável confirmou à cadeia televisiva que esta tarifa se soma aos 20% já em vigor antes de o republicano ter iniciado uma guerra comercial com praticamente todos os países do mundo, no início deste mês.
A China é o único país que o magnata nova-iorquino excluiu da trégua de 90 dias decretada na quarta-feira, enquanto decorrem negociações com os restantes parceiros comerciais.
Para Trump, Pequim demonstrou uma "falta de respeito pelos mercados".
Antes deste último aumento, o gigante asiático já estava sujeito a uma tarifa de 104% e tinha imposto medidas retaliatórias contra os Estados Unidos para igualar esse valor.
O Governo chinês afirmou ter "uma vontade firme" e "recursos abundantes" para responder "com determinação", caso os Estados Unidos insistam em "intensificar ainda mais medidas económicas e comerciais restritivas".