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Brice Oligui Nguema à beira de vencer presidenciais do Gabão com 90% dos votos

13 abr, 2025 - 21:50 • Lusa

As eleições formalizam constitucionalmente o fim da dinastia Bongo, que estava no poder desde 1967.

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O líder da junta militar do Gabão, Brice Oligui Nguema, à frente do país desde o golpe de Estado de 2023, venceu as eleições presidenciais de sábado, recolhendo mais de 90% dos votos, segundo dados provisórios divulgados este domingo.

Os resultados provisórios foram divulgados pelo ministro do Interior, Hermann Immongault, em conferência de imprensa na capital, Libreville, noticia a Efe.

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Oligui Nguema recolheu 90,35% dos votos, ficando à frente do segundo classificado, o antigo primeiro-ministro Alain-Claude Bilie-By-Nze, que reuniu 3,02% dos votos. Os outros seis candidatos não ultrapassaram a barreira do 1%.

As eleições formalizam constitucionalmente o fim da dinastia Bongo, que estava no poder desde 1967.

Independente da França em 1960, o Gabão passou a ser governado desde 1967 pela família Bongo: primeiro por Omar Bongo (1967-2009) e depois pelo filho, Ali Bongo (2009-2023).

O brigadeiro-general Brice Oligui Nguema chega ao poder depois de liderar golpe que derruba o primo, Ali Bongo, em 30 de agosto de 2023, no mesmo dia em que foram anunciados os resultados oficiais das eleições presidenciais.

Os militares justificaram o derrube de Ali Bongo com a manipulação e falta de credibilidade do escrutínio, e Oligui Nguema, em vez de apelar a uma análise independente da contagem dos votos para reconhecer o vencedor legítimo, decidiu nomear-se a si próprio como Presidente de transição.

A missão de observação eleitoral da União Africana é liderada pelo antigo primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, e integra 50 observadores de 24 Estados-membros da organização continental, designadamente dos lusófonos Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Apesar da riqueza petrolífera de que dispõe e do rendimento ‘per capita’ de 9 mil dólares (cerca de 8 mil euros), um dos mais elevados de África, a taxa de desemprego é de 30% e, segundo a ONU, 44,7% da população vive abaixo do limiar de pobreza.

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