13 abr, 2025 - 12:22 • Reuters
Pelo menos 34 pessoas morreram e 119 ficaram feridas na sequência de um ataque russo (com míssil balístico) na cidade de Sumy, norte da Ucrânia. A noticia foi avançada pelo ministro da Administração Interna da Ucrânia, Ihor Klymenko.
O Presidente Volodymyr Zelensky condenou o ataque — um dos mais mortais na Ucrânia neste ano — e pediu uma dura reação internacional contra Moscovo. "Só canalhas podem agir assim. Tirar a vida de pessoas comuns", escreveu Zelensky nas redes sociais, publicando também um vídeo que mostra cadáveres no chão, um autocarro destruído e carros queimados numa rua daquela cidade.
"E isso acontece num dia em que as pessoas vão à igreja: Domingo de Ramos, a festa da entrada do Senhor em Jerusalém", acrescentou Zelensky. "É necessária uma resposta mundial forte. Os Estados Unidos, a Europa, todos os que querem o fim desta guerra e da matança. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a prolongar a guerra."
Segundo o ministro da Administração Interna, as vítimas estavam na rua, em veículos, em transportes públicos e no interior de edifícios de habitação quando o ataque ocorreu. "Destruição deliberada de civis num importante dia de festa da igreja", acusou.
Andriy Kovalenko, um oficial de segurança que dirige o Centro de Combate à Desinformação da Ucrânia, recordou que o ataque ocorreu após uma visita a Moscovo do enviado dos EUA, Steve Witkoff. "A Rússia está a construir essa chamada diplomacia... em torno de ataques a civis", escreveu na rede social Telegram.
Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, para a Ucrânia, reuniu-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, para discutirem um acordo de paz na Ucrânia.
Após o ataque de domingo, Zelensky pediu que os EUA e a Europa fossem duros com a Rússia em resposta ao que ele descreveu como um ato de terrorismo. "A Rússia quer exatamente esse tipo de terror e está a prolongar esta guerra. Sem pressão sobre o agressor, a paz é impossível. As negociações nunca impediram o uso de mísseis balísticos e bombas aéreas", escreveu o Presidente ucraniano.
A Rússia lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e atualmente detém cerca de 20% do território do país no leste e no sul.
[notícia atualizada às 10h14 de segunda-feira, com novos dados sobre o número de vítimas]