13 abr, 2025 - 22:56 • Lusa
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse este domingo que o Presidente francês Emmanuel Macron está a cometer um "grave erro" ao promover a ideia de um Estado palestiniano.
"O presidente Macron está a cometer um grave erro ao continuar a promover a ideia de um Estado palestiniano no coração da nossa terra. Um Estado cuja única aspiração é a destruição de Israel", escreveu Benjamin Netanyahu na rede social X.
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O líder do governo israelita reagia às recentes declarações do chefe de Estado francês, que disse estar a trabalhar para que a França reconheça o Estado Palestiniano, algo que poderá acontecer na conferência que copresidirá em junho, com a Arábia Saudita.
"Não vamos pôr em risco a nossa existência por causa de ilusões desligadas da realidade", escreveu ainda Netanyahu na mensagem na rede social.
O primeiro-ministro israelita disse ainda não aceitar "lições de moral sobre a criação de um Estado palestiniano que ponha em perigo a existência de Israel, daqueles que se opõem à independência da Córsega, da Nova Caledónia, da Guiana Francesa e de outros territórios, cuja independência não ameaçaria de forma alguma a França".
Numa entrevista transmitida na quarta-feira, Macron disse que a França poderia reconhecer o Estado palestiniano em junho, numa conferência copresidida por Paris e pela Arábia Saudita, nas Nações Unidas, em Nova Iorque, mas que esse gesto seria parte de um movimento recíproco dos países árabes para reconhecer Israel.
As declarações do presidente francês desencadearam uma onda de protestos da direita e da extrema-direita em França.
Confrontado com "atalhos" e "informações falsas", o presidente francês publicou uma mensagem no X na sexta-feira para clarificar a posição da França.
Na mensagem, Macron sublinhou "o direito legítimo dos palestinianos a um Estado e à paz, tal como o dos israelitas a viverem em paz e segurança, ambos reconhecidos pelos seus vizinhos".
No total, 147 países já reconhecem a Palestina, uma lista à qual se juntaram a Eslovénia, em junho de 2024, bem como Espanha, Irlanda e Noruega, em 28 de maio do mesmo ano.