14 abr, 2025 - 21:55 • Ricardo Vieira, com Reuters
O Parlamento da Hungria aprovou esta segunda-feira alterações à Constituição contra a comunidade LGBTQIA+ e ao que o Governo apelida de “redes de pressão política financiadas pelo estrangeiro” para minar a soberania do país.
Uma das emendas constitucionais tem como objetivo proibir a realização de manifestações ou desfiles públicos da comunidade homossexual na Hungria.
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"Os deputados do governo veem essa mudança como uma salvaguarda constitucional contra influências ideológicas que, segundo eles, ameaçam o bem-estar das crianças, principalmente no contexto de eventos como as Paradas do Orgulho", disse antes da votação o porta-voz do governo, Zoltan Kovacs, na rede social X.
As emendas, aprovadas pela maioria de dois terços dos deputados do partido Fidesz, no poder, colocam a proteção física e o desenvolvimento moral das crianças acima de todos os outros interesses.
Na Constituição da Hungria vai passar também a estar consagrado que o país reconhece dois géneros, masculino e feminino, em linha com a agenda do primeiro-ministro Viktor Órban.
Além das restrições aos direitos da comunidade LGBTQ+, o Parlamento também aprovou medidas para travar interferências externas.
Cidadãos húngaros, que sejam também cidadãos de outro país da União Europeia, “podem ser suspensos por um período de tempo”.
"Essa mudança faz parte de um esforço mais amplo para combater o que as autoridades descrevem como redes de pressão política financiadas por estrangeiros que minam a democracia e a soberania húngaras", disse o porta-voz do governo nas redes sociais.