15 abr, 2025 - 19:18 • Fábio Monteiro com Reuters
Ollanta Humala, antigo chefe de Estado do Peru entre 2011 e 2016, foi, esta terça-feira, condenado a 15 anos de prisão por um tribunal de Lima, acusado de ter recebido fundos ilícitos durante a sua campanha presidencial de 2011.
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A sentença abrange também a sua esposa, Nadine Heredia, que recebeu uma pena idêntica.
O caso remonta à investigação iniciada em 2016, no seguimento de revelações sobre o envolvimento da construtora brasileira Odebrecht — atualmente Novonor — em esquemas de subornos e financiamento ilegal de campanhas políticas em vários países da América Latina.
De acordo com o Ministério Público peruano, Humala e Heredia receberam quantias avultadas da empresa brasileira para financiar a campanha contra Keiko Fujimori, filha do também ex-presidente Alberto Fujimori.
Durante o julgamento, que se prolongou por três anos, Humala negou todas as acusações, classificando o processo como "perseguição política". Ainda assim, o tribunal considerou provado que os fundos recebidos não foram devidamente declarados e constituem branqueamento de capitais.
O antigo presidente, militar de carreira, deverá cumprir a pena num estabelecimento prisional especialmente construído para acolher antigos chefes de Estado condenados. Nessa instalação encontram-se já detidos os ex-presidentes Alejandro Toledo e Pedro Castillo. Alberto Fujimori, também ali encarcerado, foi libertado em 2023.