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Jordânia desmonta fábrica de rockets e detém elementos da Irmandade Muçulmana

15 abr, 2025 - 16:32 • Reuters

Célula do maior grupo de oposição do país teria sido formada no Líbano, garantem autoridades.

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A Jordânia informou esta terça-feira que deteve 16 pessoas ligadas à Irmandade Muçulmana que foram treinadas e financiadas no Líbano e planearam ataques a alvos dentro do reino envolvendo rockets e drones.

As autoridades disseram que pelo menos um rocket estaria já pronto para ser lançado no âmbito de uma operação que estava sob vigilância das forças de segurança desde 2021.

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Uma fonte de segurança disse que os suspeitos tinham ligações à Irmandade Muçulmana, o maior grupo de oposição do país, enquanto o chefe da célula que treinou alguns dos seus membros estava sediado no Líbano.

A Irmandade foi acusada de instigar protestos antigovernamentais nas ruas da Jordânia, que tem uma grande população palestiniana.

As forças de segurança encontraram uma fábrica de rockets junto a uma fábrica de drones, de acordo com um comunicado do Departamento de Inteligência Geral divulgado nos meios de comunicação estatais.

"O plano visava prejudicar a segurança nacional, semear o caos e causar destruição material dentro do reino", refere o comunicado.

Os suspeitos foram encaminhados para o tribunal de segurança do estado para julgamento.

"Estamos a falar de novas táticas, rockets e drones. Isto significa uma mudança completa na forma como a Irmandade Muçulmana lida com a Jordânia e prioriza a sua segurança", disse Amer Al Sabaileh, um analista de segurança de renome, à Reuters.

O porta-voz do governo, Mohammad al Momani, disse numa conferência de imprensa que o executivo iria divulgar as confissões completas dos suspeitos, alguns dos quais foram treinados no Líbano.

Os rockets encontrados num esconderijo secreto nos arredores da capital estavam a ser fabricados com um alcance de 3 a 5 km para serem utilizados contra alvos dentro do reino, acrescentou Momani.

Uma fonte de segurança disse que foram encontrados dezenas de foguetes.

No ano passado, a Jordânia afirmou ter frustrado as tentativas de contrabando de armas por parte de infiltrados ligados a milícias pró-iranianas na Síria e a grupos palestinianos radicais sediados no Líbano.

Disseram que algumas das armas tinham como destino a Cisjordânia ocupada por Israel, acrescentando que detiveram vários jordanos ligados a militantes palestinianos.

As autoridades de segurança disseram que os incidentes estavam relacionados com terrorismo com base nas quantidades de explosivos encontrados.

Disseram que o complot estava ligado aos esforços clandestinos do Irão e dos seus aliados para recrutar agentes para realizar atos de sabotagem dentro do reino para desestabilizar um dos aliados de Washington na região.

A Jordânia tem mais de 3.500 soldados norte-americanos estacionados em várias bases e, desde que a guerra entre Israel e os militantes palestinianos em Gaza eclodiu em outubro de 2023, tem sido cada vez mais alvo de grupos apoiados pelo Irão que operam nos vizinhos Síria e Iraque.

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