15 abr, 2025 - 20:20 • Fábio Monteiro
O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou, esta terça-feira, a Universidade de Harvard por rejeitar uma “tentativa ilegal e desajeitada” da administração Trump de limitar a liberdade académica.
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Num comentário publicado na rede social X (antigo Twitter), Obama destacou que Harvard “deu o exemplo a outras instituições de ensino superior” ao recusar as exigências federais e ao “tomar medidas concretas para garantir que todos os estudantes possam beneficiar de um ambiente de investigação intelectual, debate rigoroso e respeito mútuo”.
“Esperemos que outras instituições sigam o exemplo”, concluiu o ex-presidente.
A administração Trump tinha condicionado o financiamento da universidade — mais de 2,2 mil milhões de dólares (cerca de 2,07 mil milhões de euros) — à aceitação de medidas como o encerramento de programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), a colaboração com o Departamento de Segurança Interna e a proibição de grupos pró-palestinianos no campus.
O presidente de Harvard, Alan Garber, recusou os termos exigidos pelo governo, sublinhando que ultrapassavam os limites da autoridade federal e colocavam em causa os princípios fundamentais da universidade.
A decisão levou o Departamento de Educação a suspender o financiamento federal destinado à instituição, o que gerou uma onda de críticas por parte de académicos, juristas e organizações de defesa dos direitos civis.
“Estamos comprometidos com um ensino livre, plural e responsável”, declarou Garber. “A autonomia académica não pode ser negociada.”
Harvard tem estado no centro do debate político e social nos EUA, especialmente após protestos relacionados com o conflito em Gaza.