16 abr, 2025 - 18:51 • Redação
Um médico alemão da área de cuidados paliativos foi formalmente acusado de matar 15 pacientes através de um cocktail de drogas.
Os procuradores de Berlim acusam, também, o clínico de 40 anos de atear fogo às casas das supostas vítimas de modo a cobrir o seu rastro.
Doze mulheres e três homens foram assassinados, entre setembro de 2021 e julho de 2024. No entanto, a acusação defende que o número pode vir a aumentar.
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O médico, cujo nome não é mencionado devido às políticas de privacidade na Alemanha, é acusado de administrar anestésicos e relaxantes musculares aos doentes, sem consentimento, o que teria provocado a morte por paralisação das funções respiratórias, de acordo com o Ministério Público. O acusado rejeita as alegações.
Inicialmente a suspeita recaía sobre quatro mortes ocorridas em 2024 em que, segundo os procuradores, o médico teria ateado fogo às casas para eliminar provas. Após as investigações, o suspeito foi também acusado, em julho do ano passado, pela morte de mais dois pacientes que teriam ocorrido no mesmo dia. Uma das vítimas era um homem, de 75 anos, e a outra uma mulher, de 76 anos.
No caso da mulher de 76 anos, os procuradores referem que o médico tentou atear fogo à casa, mas sem sucesso.
As idades das alegadas 15 vítimas situam-se entre os 25 e os 94 anos. A maioria morreu em casa.
A acusação foi apresentada ao Tribunal de Berlim, que terá de decidir se vai haver julgamento.
A Alemanha tem prisão perpétua para quem for condenado por homicídio. O Ministério Público pretende que o tribunal declare que o médico tenha uma culpa particularmente grave, o que levaria a que não fosse libertado ao fim de 15 anos, como normalmente acontece no país. Os procuradores procuram também que o suspeito seja permanentemente impedido de exercer a sua profissão.