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Trump acusa Harvard de não lutar contra antissemitismo e quer que peça desculpa

16 abr, 2025 - 00:36 • Lusa

A nova crítica à instituição académica ocorre um dia depois de a administração dos Estados Unidos ter decidido retirar 2,2 mil milhões de dólares (1,94 mil milhões de euros) de subsídios federais plurianuais a Harvard.

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Donald Trump quer que a Universidade de Harvard "peça desculpa" por não ter lutado suficientemente contra o antissemitismo no seu espaço, disse esta terça-feira a porta-voz da Casa Branca.

Karoline Leavitt disse que Trump "quer ver Harvard pedir desculpa".

A universidade "deve pedir desculpa pelo antissemitismo flagrante que ocorreu no seu 'campus'", acrescentou.

Este é o ataque mais recente contra a prestigiada universidade, depois de esta recusar cumprir as exigências de Trump.

Pouco antes, este ameaçou retirar importantes benefícios fiscais a Harvard: "Talvez Harvard devesse perder o seu estatuto de isenção fiscal e ser tributada como uma entidade política, se continuar a defender a 'doença' política, ideológica, de inspiração/apoio ao terrorismo", escreveu Trump na sua rede social.

"Lembrem-se, o Estatuto de Isenção Fiscal está totalmente condicionado à atuação no INTERESSE PÚBLICO!", frisou Trump, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.

A nova crítica à instituição académica ocorre um dia depois de a administração dos Estados Unidos ter decidido retirar 2,2 mil milhões de dólares (1,94 mil milhões de euros) de subsídios federais plurianuais a Harvard.

Tal como outras universidades norte-americanas, Harvard foi palco de protestos estudantis contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Trump tem acusado Harvard e outras instituições de permitirem que o antissemitismo se desenvolva nos seus 'campus', tendo exigido uma série de medidas - incluindo uma "auditoria" às opiniões dos estudantes e do pessoal docente -, sob pena de o governo federal cortar subsídios.

Ao contrário da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Harvard recusou-se a cumprir.

Numa carta dirigida aos estudantes e professores, o reitor da universidade, Alan Garber, garantiu-lhes na segunda-feira que Harvard não renunciaria "à sua independência, nem aos seus direitos constitucionalmente garantidos".

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