18 abr, 2025 - 10:16 • Lusa
O número de mortos devido aos ataques norte-americanos na quinta-feira a um porto petrolífero no oeste do Iémen subiu para 74, disseram hoje os rebeldes Huthis, que são apoiados pelo Irão.
Segundo escreveu Anees Alasbahi, porta-voz do Ministério da Saúde da administração Huthi, na rede social X, o total de mortos contra o porto de Ras Issa "subiu para 74, havendo ainda a registar 171 feridos".
As operações de salvamento continuam, acrescentou.
O saldo dos ataques norte-americanos é o mais mortífero desde que se iniciou em 15 de março a intervenção militar dos EUA sob a direção do Presidente Donald Trump.
O anterior balanço dos ataques de quinta-feira era de 58 mortos e 126 feridos.
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O exército norte-americano anunciou na quinta-feira que tinha feito bombardeamentos que resultaram na destruição do porto petrolífero de Ras Issa, controlado pelos rebeldes Huthi no Iémen.
Imagens difundidas na madrugada desta sexta-feita pelo canal rebelde Al-Massira, apresentadas como as "primeiras imagens da agressão americana" contra o porto petrolífero, mostravam uma bola de fogo a iluminar a zona onde se encontram os navios, enquanto espessas nuvens de fumo se elevavam sobre o que parece ser um incêndio, escreve a AFP.
"As equipas de salvamento da defesa civil e os paramédicos estão a fazer tudo o que podem para procurar e retirar as vítimas e extinguir o fogo", afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde Houthi, Anees Alasbahi.
Segundo o Comando norte-americano para o Médio Oriente, "o objetivo destes ataques era atingir as fontes económicas do poder Huthi".
"Os Estados Unidos tomaram (estas) medidas para eliminar esta fonte de hidrocarbonetos para os terroristas Huthi apoiados pelo Irão e privá-los das receitas ilegais que financiaram as ações dos Huthis para aterrorizar toda a região durante mais de uma década", acrescentou o comando em comunicado.
Para hoje, estão previstas manifestações de protesto contra os ataques norte-americanos e de apoio aos palestinianos na Faixa de Gaza.
Os Huthis começaram a atacar Israel e os navios ligados a este país ao largo das costas do Iémen após o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, alegando solidariedade com os palestinianos.
Estes ataques, que também visam navios militares americanos, perturbaram o tráfego no Mar Vermelho, uma zona marítima essencial para o comércio mundial.
Washington lançou uma campanha aérea contra os Huthis em 15 de março para acabar com as ameaças aos navios no Mar Vermelho.
Desde então, os rebeldes lançaram ataques contra navios militares norte-americanos e contra Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza.
Os ataques dos rebeldes tinham cessado com a trégua de 19 de janeiro entre Israel e o grupo armado palestiniano Hamas, mas foram retomados depois de Israel ter reiniciado a ofensiva em Gaza a 18 de março.
[notícia atualizada às 14h50 de 18 de abril de 2025 para
atualizar o número de mortos]