23 abr, 2025 - 21:04 • Fábio Monteiro com Reuters
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltaram a desentender-se sobre os termos para a paz na Ucrânia. O ponto de discórdia? A Crimeia, território que Washington admite reconhecer como russo.
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O vice-presidente norte-americano, JD Vance, afirmou que está na hora de Rússia e Ucrânia aceitarem uma proposta de paz dos EUA ou "os Estados Unidos abandonarem o processo". O plano prevê congelar as linhas territoriais próximas das atuais e alcançar um acordo diplomático de longo prazo.
"A única forma de travar verdadeiramente os combates é ambas as partes deporem as armas", defendeu Vance.
O plano dos EUA inclui ainda o reconhecimento da anexação da Crimeia pela Rússia, exigência considerada inaceitável por Kiev.
"Não há nada para discutir. Vai contra a nossa Constituição", afirmou já hoje Zelensky.
Trump criticou a posição ucraniana, classificando-a como um obstáculo à paz. Disse ainda que a Crimeia foi "entregue sem um tiro" há mais de uma década e que "já nem é um ponto de discussão".
Na semana passada, ucranianos, norte-americanos, f(...)
Desde que tomou posse, Trump alterou substancialmente a política externa dos EUA, reduzindo sanções à Rússia e pressionando Kiev a aceitar um cessar-fogo.
Apesar das divergências, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, garantiu que Kiev mantém o compromisso de trabalhar com os EUA em prol da paz.
A proposta americana inclui ainda o fim da ambição ucraniana de adesão à NATO e o levantamento gradual das sanções à Rússia. Contudo, os países europeus e Kiev recusam discutir questões territoriais antes de um cessar-fogo total e incondicional.