13 dez, 2015 - 00:44 • Cristina Branco , Paula Costa Dias
É um projecto educativo concentrado no aluno e com acompanhamento permanente ao longo do ano lectivo. Maria Teresa Nogueira, directora do Colégio de Nossa Senhora do Rosário, explica, em declarações à Renascença, que os bons resultados são fruto de “vários segredos combinados”.
“Temos a preocupação de uma educação e de uma formação integral, criamos aptidão no aluno para querer saber e desenvolver-se em todas as dimensões, apoiamos de uma forma muito personalizada com uma carga lectiva reforçada”.
A responsável sublinha que o colégio tem “uma oferta de escola que visam, sobretudo, o desenvolvimento de uma cultura geral e oferecemos uma formação complementar àquela que é oferecida nos currículos nacionais”.
Os estudantes confirmam que existe um duplo esforço de alunos e professores, sublinhando a dedicação e o apoio reforçado. “Os professores estão sempre disponíveis e são super-dedicados”, diz Mariana Carvalho, aluna do 12.º ano, que salienta ainda a importância do nível de exigência a que os alunos estão sujeitos e que os obriga ao empenho nos estudos.
João Góis, outro aluno do 12.º ano, diz que é fundamental “toda a continuidade no trabalho” ao longo do ano lectivo. Comparando com colegas de outras escolas, conclui que, “no Rosário há mais apoio por parte dos professores e mais material de estudo, mais fichas de trabalho, mais resumos. Todo o material de que precisamos está disponível e não temos que nos guiar unicamente por um livro”.
O Colégio do Rosário tem cerca de 1.500 alunos e 170 professores, o projecto educativo vai do pré-escolar ao 12.º ano.
O exemplo da escola da Batalha
A direcção da Escola Secundária da Batalha entende que só com esforço e trabalho é que se consegue alcançar objectivos. Por isso, entre clubes, oficinas e concursos proporciona aos alunos salas de estudo, além do horário das aulas, o que tem sido determinante, defende o director.
Luís Novais explica que “essas salas de estudo têm um professor que funciona durante a semana” e destinam-se “não só a alunos que têm dificuldades mas também para aqueles alunos que querem chegar mais além e tirar melhores resultados”.
Já para a presidente da associação de pais a postura dos encarregados de educação tem também contribuído, uma vez que estes, apesar de terem, em geral, apenas sete ou oito anos de escolaridade, interessam-se e acompanham os filhos. Para Mónica Cardoso “os pais investem na educação”, o que se nota na intervenção que eles próprios fazem junto da associação de pais”. E exemplifica que “dirigem-se, perguntam, questionam”. Por outro lado “compram livros, adquirem material e estão atentos às dificuldades que a escola tem”.
Um relacionamento que também é visível entre os professores, salienta Célia Cadima. Segundo a professora da disciplina de Economia, os professores trabalham “muito colaborativamente“. Dá o exemplo do que acontece na sala de trabalho. Ali é normal ver um colega a dizer a outro “Olha, eu se fosse a ti fazia isto assim, usava esta ferramenta”.
Quanto aos alunos, estes dizem-se satisfeitos com a escola. Bruno Pires, de 17 anos, aluno de mérito, diz mesmo que “sinto (a escola) como uma família aqui porque tenho os meus amigos, é perto de casa”. Dos professores diz que se dá sempre bem com eles e que nunca há problemas. Se falta uma sala de estudo “eu sinto que, na semana a seguir já não consigo acompanhar tão bem a matéria”. Também Carolina Conceição, de 17 anos, aluna de média de 18 valores, admite “que o apoio dos professores e toda a dedicação que têm por nós também é muito importante porque nos faz sentir que não estamos a lutar só por nós mas que temos também os professores do nosso lado e que eles também trabalham para nós termos bons resultados”.
Foram conhecidos os rankings das escolas. Onde estão as melhores escolas do secundário?