31 mar, 2016 - 17:48
A criminalidade geral participada às forças de segurança subiu em 2015 pela primeira vez em sete anos, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), entregue esta quinta-feira pelo Governo à Assembleia da República.
Os portugueses fizeram um total de 356.032 queixas, mais 4.721 em relação a 2014, o que representa um aumento de 1,3%.
A última vez que a criminalidade geral participada tinha subido foi em 2008, quando aumentou 7,5% face ao ano anterior. Desde então, a tendência de quebra manteve-se até 2014.
No âmbito da criminalidade geral, os crimes mais registados pelas forças de segurança em 2015 foram os incêndios florestais, que sofreram um aumento de 106,2%, burla informática e nas comunicações (mais 73,7%) e contrafacção, falsificação de moeda e passagem de moeda falsa (mais 34%).
Na estrada, o crime de condução com álcool no sangue subiu 10% e a condução sem carta 6,5%.
No ano passado nasceu uma nova tipificação, o crime contra os animais de companhia, que registou um total de 1.330 queixas.
Os furtos a residências desceram cerca de 16%, os furtos em veículos caíram 9% e o furto de metais não preciosos que desceu 22%.
Menos crime violento reportado
Em contraciclo com a criminalidade geral, o crime grave e violento desceu 0,6% em 2015.
Neste capítulo dos crimes graves e violentos, que continuam a representar cerca de 5% da total da criminalidade reportada, houve um aumento de 45% das extorsões e de 68% no roubo a farmácias.
Olhando para os números do RASI 2015, destacam-se ainda as mais de 26 mil participações por violência doméstica.
Durante o ano passado foram detidas quase 50 mil pessoas pelos vários tipos de crime. As policias fizeram 15.400 escutas telefónicas e apreenderam quase quatro mil armas de fogo.
Geograficamente, o crime subiu nos distritos do Porto, de Lisboa e de Vila Real, e desceu nos distritos de Setúbal, Aveiro e Faro.