31 mar, 2016 - 10:32 • Hugo Monteiro
Os comerciantes de automóveis ameaçam avançar com protestos nas ruas, alegando que o registo pacífico que o sector tem demonstrado não resulta.
“As empresas do sector automóvel têm manifestado o seu protesto de forma pacífica ao longo dos anos e isso não tem tido qualquer resultado”, diz à Renascença o secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Barata Pedro.
"Há outros sectores que, periodicamente, ameaçam fazer protestos, como cortar estradas, e esses sectores são recebidos”, diz o dirigente da ACAP, numa alusão às negociações em curso entre o Governo e os transportadores rodoviários. Barata Pedro reforça: “Muitas vezes, o Governo acaba por reverter as medidas tomadas”.
O aumento do imposto sobre veículos sobe esta quinta-feira, com a entrada em vigor o Orçamento do Estado para este ano. O aumento, de acordo com a ACAP, é, em média, de 13%, ultrapassando em alguns casos,os 20%.
Hélder Barata Pedro queixa-se de que o Governo ainda não recebeu a associação, apesar dos pedidos já formalizados para um encontro, pelo que "esta será a altura do sector automóvel perspectivar outras formas de manifestar o seu protesto para que os governos, pelo menos, recebam os representantes do sector”.
O secretário-geral da ACAP diz que face à previsão do aumento do imposto houve, nos últimos meses, um aumento das vendas de automóveis, mas rejeita o recurso á expfressão "corrida aos stands".