Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Fenprof quer professores com horário de 22 horas

05 set, 2016 - 09:57

A federação sindical de Mário Nogueira entrega, esta segunda-feira, um caderno de reivindicações ao Governo.

A+ / A-

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) entrega esta segunda-feira ao Governo um abaixo-assinado e uma carta reivindicativa para o 1.º ciclo, pedindo a redução de horário dos docentes para 22 horas lectivas e a extinção do actual modelo de Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC).

“Actualmente, são 25 horas, com o intervalo, o que na prática dá 27,5 horas, uma imposição ilegal do anterior governo”, disse à agência Lusa o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, após a conferência de imprensa que marcou o arranque do ano escolar dos professores.

A carta será entregue durante uma reunião no Ministério da Educação com o secretário de Estado João Costa e nela se pede também a redução das turmas para 19 alunos, ou 12, no caso de haver crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Quando as turmas incluírem vários anos de escolaridade, o objectivo da Fenprof é que tenham, no máximo, 15 alunos.

Os sindicatos da Fenprof querem ainda extinguir o actual modelo de AEC, defendendo a ocupação de tempos livres em horário pós-lectivo.

A carta contém, igualmente, uma proposta para a criação de uma bolsa de substituição de professores em faltas de curta duração.

No âmbito da gestão escolar, a Fenprof sugere a criação de órgãos colegiais, eleitos por professores e outros trabalhadores e representantes dos pais. Esta proposta é extensiva ao ensino secundário, em que se incluem representantes dos alunos.

“É tempo de avançarmos para a gestão democrática das escolas”, disse Mário Nogueira durante a conferência de imprensa, em Lisboa.

O abaixo-assinado a exigir respeito pelo 1.º Ciclo reuniu mais de 5.000 assinaturas, em período de férias, frisou o dirigente sindical.

A Fenprof tenciona apresentar ainda questões relacionadas com o regime de concursos à secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, segundo a informação hoje avançada pelo líder da Fenprof.

Numa actualização dos números sobre o último concurso, cujos resultados foram conhecidos esta semana, a Fenprof estimou que sejam ainda colocados nas escolas cerca de 3.000 professores, para colmatar necessidades de última hora, mas que até ao final do ano entre 18.000 a 20.000 docentes não consigam trabalho.

Para o ano lectivo prestes a iniciar-se, a Fenprof espera que o governo passe “dos sinais promissores às políticas de fundo”.

A estrutura sindical pretende ver negociada a aposentação antecipada dos professores, sem penalizações, assim como medidas para acabar com os mega-agrupamentos de escolas e com o processo de municipalização iniciado pelo governo de coligação PSD-CDS.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • maria
    30 nov, 2016 Coimbra 10:56
    Já não há professores como antigamente!!! não façam nada, e o estado que vos pague. Coitados dos outros trabalhadores... 35/40 horas, sem direito a descanso no Natal, Páscoa , férias de verão prolongadas... tanta injustiça... e ainda por cima reformam-se quase a irem para a cova... tenham vergonha!!!
  • antonio pais
    06 set, 2016 lisboa 00:31
    Deixaram o senhor professor falar? O Cassete Jerónimo distraiu-se ou é um apenas um cavalo de troia...
  • carmom
    05 set, 2016 FAMALICÃO 19:37
    Nogueira devia exigir que os professores trabalhassem tantas horas como ele a professor. 0
  • António Francisco
    05 set, 2016 Aveiro 17:58
    Por amor de Deus. Tantas horas de trabalho (22 horas por dia) só ficam com duas horas por dia ???? Desculpem será 22 horas por Mês ?? Neste país de loucos até eu já ando baralhado
  • Otário cá da quinta
    05 set, 2016 Coimbra 16:11
    Estes GAJOS, acabam por ter o ZÉ PAGANTE contra ELES. Tudo tem o seu limite. 22 horas a dividir por 5 dias , dá 4 horas e 40 minutos por dia. Têm um curso inferior ao de um ENFERMEIRO e contudo ganham praticamente o DOBRO. Aturam cachopos e os enfermeiros tratam de pessoas , de noite e de dia e estão expostos a vários RISCOS. MAS QUE PAÍS É ESTE ? MAS QUEM PENSAM ESTES GAJOS QUE SÃO ? O POVO TRABALHADOR tem que se mobilizar contra estes PAPÕES, porque isto já passa das marcas do que é razoável.
  • pensador
    05 set, 2016 barcelos 14:24
    estes comentadores nao devem ter filhos ou desconhecem o trabalho imenso feito em casa para as escolas
  • Alberto Nuno
    05 set, 2016 Faro 11:44
    Vejam lá se não é melhor duas horas
  • 05 set, 2016 LISBOA 11:07
    O MELHOR SERIA NÃO TRABALHAREM, OS ALUNOS ESTUDAVAM UNS COM OS OUTROS!!!! A PARASITAGEM DOS SINDICATOS E O FISCO A EXTORQUIR DINHEIRO AOS CONTRIBUINTES ESTÃO A DESTRUIR A NOSSA ECONOMIA, a destruir o pouco que resta deste país que foi portugal!!!!! ESTES GAJOS TOCAM A MUSICA QUE A MALTA GOSTA ""NÃO TRABALHAR E GANHAR MUITO"" CAMBADA DE VENDEDORES DA BANHA DA COBRA!!!!! QUERIDO ANTÓNIO OLIVEIRA SALAZAR PARA ESTES E OUTROS FAZES CÁTANTA FALTA!!!
  • Leba
    05 set, 2016 Vila Flor 11:01
    Façam a vontade à Fenprof e ao seu dono, o sr. Nogueira, e mandem os professores para casa com o ordenado por inteiro e um a subvenção de 50%. Coitados, trabalham tanto e zè que pague.
  • Lurdinhas
    05 set, 2016 Lisboa 10:47
    Outra vez o Nogueira...o grande sindicalista comunista a reivindicar menos trabalho para muita gente que já trabalha pouco e ganha demais para o que faz e muitos a pouca educação que têm para prepararem a juventude que um dia vai ser o PILAR da NAÇÃO. HAJA RESPEITO pelos filhos e os Portugueses em Geral, deixem-nos de política baixa na educação.

Destaques V+