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Madeira

Homem condenado a 22 anos de prisão pela morte de ex-deputado madeirense

08 fev, 2017 - 15:56

Caso remonta a Março de 2015. Carlos Morgado foi dado como desaparecido mas depois o corpo foi encontrado enterrado num terreno.

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O tribunal da Madeira condenou Filipe Gil a 22 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado do ex-deputado madeirense Carlos Morgado. O condenado já tinha confessado o crime em tribunal. Filipe Gil foi condenado também pelos crimes de profanação de cadáver e roubo. A notícia é avançada pela edição on-line do jornal madeirense "Diário de Notícias".

A decisão da Instância Central da Comarca da Madeira foi conhecida esta quarta-feira. O tribunal condenou também a companheira do réu, Petra Tatiana, a seis anos de prisão pelos crimes de profanação de cadáver e roubo, tendo sido absolvida do crime de homicídio qualificado.

Ambos foram ainda condenados a pagar indemnizações à família de Carlos Morgado: Filipe Gil terá de pagar 73 mil euros e Petra Tatiana terá de pagar 10.640 euros.

Os advogados de acusação não ficaram satisfeitos com a absolvição de Petra Tatiana e dizem que vão recorrer porque acham que deveria ter sido também condenada pelo homicídio de Carlos Morgado.

Carlos Morgado era professor reformado e ex-deputado regional. Foi dado oficialmente como desaparecido desde 1 de Março de 2015, após alerta dado pelos familiares. Residia no concelho da Ribeira Brava e o seu carro foi encontrado estacionado no interior do centro comercial La Vie, no Funchal.

A 26 de Novembro de 2015, após a detenção pela Polícia Judiciária do casal Filipe Gil e Petra Tatiana, o corpo de Carlos Morgado foi encontrado enterrado num terreno no Caminho D. João. Foi depois apurado que, no próprio dia do seu desaparecimento, a vítima terá sido atraída para uma unidade hoteleira da ilha onde foi roubado e assassinado. Os criminosos terão depois transportado o corpo em sacos para o local onde viria a ser enterrado.

O julgamento dos dois arguidos começou a 3 de Novembro passado e nas alegações finais o procurador-adjunto Paulo Oliveira pediu uma pena de 22 anos de prisão para o arguido e de 24 anos para a sua companheira. O magistrado entendeu que a “principal estratégia” e “preocupação” da defesa dos arguidos no julgamento foi “ilibar a arguida da prática do crime de homicídio”, assumindo o companheiro todos os crimes. Sustentou, no entanto, que “ os dois arguidos actuaram em conjunto e devem ser penalizados pelos três crimes de que vêm acusados”, porque seria “difícil ser uma tarefa praticada só por uma pessoa”.

Também a advogada do filho do ex-deputado, que se constituiu assistente neste processo, Iolanda Silva, sustentou que a arguida revelou “inteligência, astúcia” e uma “atitude calculista”, considerando ser esta a principal responsável do plano.

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