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Fenprof divulga “informação à população” para explicar greve

09 jun, 2017 - 23:33

A paralisação está marcada para dia 21 de Junho, dia de exames nacionais.

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A Fenprof explicou aos pais os motivos da greve convocada para dia 21, numa carta enviada às associações, e prepara-se para, na rua, esclarecer a população sobre as razões da paralisação em dia de exames nacionais.

"No âmbito da preparação desta greve, iniciaram-se hoje plenários de docentes, que continuarão na próxima semana. Ao longo de toda a semana, será também distribuída informação à população sobre os motivos de realização desta greve. Tal distribuição terá lugar em todas as capitais de distrito do país e, ainda, em outras localidades", referiu a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em comunicado.

"Da mesma forma, em muitas escolas, os professores distribuirão a informação aos pais e encarregados de educação dos alunos", segundo a Fenprof.

No documento, a federação sindical adianta que hoje enviou uma carta "ao movimento associativo de pais", de âmbito nacional -- confederações - e distrital -- federações -, "em que aborda os motivos que levaram à convocação desta greve".

"Contrariamente ao que se tem ouvido, o que, verdadeiramente, prejudica os alunos não é a realização de um dia de greve pelos professores, mas sim a não-resolução dos problemas que levaram os professores a convocar esta greve. O facto de a greve coincidir com alguns exames de 11.º ano não foi a razão da sua convocação. O dia 21 foi aquele em que, havendo reunião com o ministro em 6 de Junho, a greve poderia ser marcada, atendendo aos prazos legais que vigoram", explica-se na carta da Fenprof aos pais.

Em 2013, quando os sindicatos da educação se uniram numa greve conjunta em período de exames nacionais, os pais vieram a público criticar a situação criada pela paralisação nas avaliações dos alunos do 12.º ano, e as consequências no acesso ao ensino superior.

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) foi, entre as organizações representativas dos encarregados de educação, a que mais se insurgiu contra o que apelidou de "clima de instabilidade inaceitável e intolerável" vivido no final do ano lectivo, motivando mesmo o pedido de intervenção do Provedor de Justiça.

Ao contrário da paralisação de um dia agendada para o fim deste mês, a greve de 2013 durou mais de uma semana, e abrangeu o exame nacional de Português, aquele que regista anualmente o maior número de inscritos.

Na missiva em que enumera alguns dos pontos de discórdia com a tutela na origem da greve, a Fenprof reafirma que esta apenas se concretiza se o Ministério da Educação não atender as reivindicações sindicais, e relembrando que a tutela pode optar por reagendar as provas marcadas para 21 de Junho para outra data.

"Queremos, assim, reafirmar que a greve dos professores e educadores não é contra os alunos, pelo contrário, é contra a ausência de medidas e contra políticas que, essas sim prejudicam imenso os alunos. Como tal, gostaríamos de contar com a vossa compreensão e solidariedade", conclui a carta.

Um texto semelhante será distribuído nas ruas ao longo da próxima semana em todas as capitais de distrito.

A Fenprof refere ainda no comunicado que dos plenários de professores realizados hoje saiu a vontade de continuar a negociar com a tutela para que seja possível desconvocar a greve, acrescentando que ainda não está marcada nova reunião com a equipa do Ministério da Educação.

"Como a Fenprof afirmou, a sua abertura e a disponibilidade para continuar a procurar soluções de consenso são totais. Porém, se até dia 20 tal não acontecer, dia 21 de Junho, com ou sem serviços mínimos, haverá Greve Nacional de Professores e Educadores", lê-se no comunicado.

FNE e Fenprof anunciaram na passada semana a marcação de uma greve de professores para 21 de Junho, depois de não terem conseguido obter do Governo garantias quanto às reivindicações apresentadas na reunião com a tutela.

Para o dia da greve estão agendadas provas de aferição de Matemática e Estudo do Meio do 2.º ano de escolaridade e exames nacionais do 11.º ano às disciplinas de Física e Química A (uma das provas com maior número de inscritos), Geografia A e História da Cultura e das Artes.

A concretizar-se a paralisação, mais de 76 mil alunos podem inscritos nas provas desse dia podem ser afectados.

Comentários
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  • Justo
    13 jun, 2017 Leiria 17:10
    Tenha vergonha na tromba. Quem prejudica os alunos são os professores. Com 3 meses de férias, mais Pascoa, Carnaval, natal e baixas quando querem. O que querem mais?
  • F.BATISTA
    10 jun, 2017 GAIA 19:06
    QUANDO É QUE O SNR.NOGUEIRA COMEÇA A TRABALHAR?OS PORTUGUESES ESTÃO FORTOS DE O VEREM E DE O OUVIREM.ALEGADAMENTE TRABALHA PARA ANGARIAR ASSOCIADOS PARA A FENPROF E PARTIDO COMUNISTA?PORQUE NÃO SÃO SUBSTITUIDAS AS DIRECÇÕES DOS SINDICATOS DE QUATRO EM QUATRO ANOS?NÃO CONVEM DISCUTIR ESTE TEMA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PELOS DEPUTADOS?É MAIS UMA VERGONHA...
  • tenham juizo
    10 jun, 2017 lx 11:49
    E não forcem o equilibrio. Quando se estica a corda demasiado ela parte e quem se lixa é o mexilhão. Esperemos que os professores não dêem muita importancia a radicalismos que não levam a bom porto! Tenham a memoria presente do que foram 4 anos em que andaram acorrentados.
  • almanto
    10 jun, 2017 porto 11:06
    São piores que terroristas. Estes atacam crianças.
  • Saa
    10 jun, 2017 Lisboa 10:04
    Por outras palavras... - Sim, a greve tem que ser num dia, que realmente seja importante, notório, tal como as greves de transportes, feitas em dias de singulares, vamos fazer greve no dia 21, vamos apenas prejudicar, alguns...... - Vamos continuar a alimentar a corga de atl´s, centro de estudos, academia de estudos e afins, porque nós somos mesmo bons professores, portanto, os alunos depois das aulas, como não entendem muito bem aquilo que é ensinado deverão ter que ir para esta instituições, algumas delas até pertencem a professores que dão aulas. - Não vamos faltar mais que 10 vezes ao ano. - As turmas vão ter sempre os mesmos professores, não vai ser como este ano, em que turmas mudaram 4 ou 5 vezes de professores, gostamos mesmo daquilo que fazemos. --Adoramos ensinar e, não vamos andar por ai a dizer que estamos fartos de crianças.
  • Vladmir
    10 jun, 2017 Barreirov 09:43
    Já se está a sentir o efeito PCP e Bloco de Esquerda. O comunismo está a alastrar. Agora até são os sindicatos que têm medo de fazer greve! Em exclusivo para a RR o telefonema de Kostov ao seu Camarada Mariov: " Ó Mariov pensa bem no que vais fazer... sabes que eu e o camarada Marcelov somos uns irritantes oportunistas... eu até estava a pensar em oferer-te uma viagem a Norilsk... sempre poderias aprender com os kamaradas novas técnicas de fazer sindicalismo..." -Ao que responde o camarada Mariov: " Por favor Kamarada Kostov eu digo que essa gre...gre... quero dizer; essa ação de incentivo aos professores, é uma manifestação de apoio pelo fim da austeridade!" "Kamarada Mariov já percebi que entendeu!"
  • romo
    10 jun, 2017 lx 00:50
    Este senhor da fotografia é professor? Ensina onde?

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