16 fev, 2018 - 08:09
No início de janeiro, caíram nas contas bancárias de 39 hospitais EPE (gestão pública empresarial) um total de 500,19 milhões de euros para pagar dívidas a fornecedores. Porém, horas depois das transferências do Tesouro, os mesmos hospitais foram proibidos pelas Finanças de movimentar o dinheiro até novas instruções.
A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do “Jornal de Notícias” (JN). De acordo com o jornal, um mês depois, ninguém sabe dizer quando a verba será descongelada.
Ainda segundo o jornal, os fornecedores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sobretudo os mais pequenos, têm apresentado várias reclamações, sendo que algumas empresas já têm salários em atraso, dívidas à banca.
Em resposta ao JN, o Ministério das Finanças explicou que as verbas transferidas destinam-se "exclusivamente ao pagamento de dívida vencida a fornecedores, por ordem de maturidade".
O gabinete de Mário Centeno acrescenta que o processo está a ser supervisionado pela Inspeção-Geral das Finanças.
A situação é confirmada também pelo presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. "Os conselhos de administração estão inibidos de usar a verba. E ninguém sabe por quanto tempo", confirmou Alexandre Lourenço, em declarações ao jornal.