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Dia de protestos em escolas contra a falta de obras e de funcionários

20 mar, 2018 - 08:40

Pais, alunos, professores e funcionários juntam-se para dar voz ao descontentamento.

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Foi agendada uma greve nas escolas de Vila Franca de Xira, já em Loures pais, alunos e professores manifestam-se contra a degradação das instalações.

No Agrupamento de Escolas da Póvoa de Santa Iria, em Vila Franca de Xira, os auxiliares estão em greve contra a falta de pessoal. Dizem que a segurança dos alunos “está comprometida”.

“Nós somos a segunda parte da família de uma criança. Estamos a pedir que a nossa direção e o nosso ministério nos ajudem a meter pessoal para conseguirmos trabalhar. Porque acima de tudo nós temos gosto, nós gostamos de trabalhar”, desabafa Sara Beatriz, auxiliar deste agrupamento que tem sete escolas.

Na Secundária da Portela e da Escola Básica 2,3 Gaspar Correia, em Loures, o protesto reivindica "obras urgentes", alertando para o "estado de degradação daqueles estabelecimentos escolares.

Em declarações à agência Lusa, André Julião, encarregado de educação e um dos organizadores desta ação, explicou que "aquilo que se pretende é dar um grito de revolta contra o estado de degradação da escola secundária da Portela e da Escola Básica 2,3 Gaspar Correia, onde estudam cerca de 1.900 alunos".

"É deplorável! Estamos a falar de um conjunto muito grande de deficiências a carecerem de urgente resolução. Temos problemas de infiltração, chove dentro das salas e do pavilhão de ginástica, não existe aquecimento, o revestimento da cobertura dos pavilhões é feito em fibrocimento, que contém amianto. Enfim, é um rol de problemas que colocam em causa a saúde e a segurança destes alunos" apontou.

De forma simbólica, os manifestantes utilizarão durante o protesto uma peça de roupa preta e serão ainda colocadas faixas negras nas fachadas das escolas.

Por seu turno, em declarações à Lusa, a diretora do Agrupamento de Escolas da Portela, Marina Simão, manifestou-se bastante "desgostosa" com a situação a que os dois equipamentos chegaram, responsabilizando o Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Loures (distrito de Lisboa).

"Em 2010, estas duas escolas faziam parte de uma lista elaborada pelo Governo como prioritárias para intervir no âmbito do Parque Escolar. Contudo, isso nunca aconteceu e elas desapareceram dessa lista", apontou, acrescentando que o agrupamento se sente abandonado.

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