28 mar, 2019 - 20:16 • Celso Paiva Sol
A investigação à queda do império Espírito Santo já tem 41 arguidos, nacionais e estrangeiros, e permitiu a apreensão ou arresto de muitos milhões de euros em dinheiro e bens imóveis.
Num comunicado de quatro páginas, a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez esta quinta-feira o ponto de situação sobre esse inquérito, que já dura há mais de quatro anos.
É explicada, por exemplo, a cooperação que tem existido com as autoridades suíças, país onde já foram realizadas buscas, ouvidas testemunhas e também arrestados diversos bens.
A investigação tem passado por outros dez países, sendo que, de acordo com a Procuradoria, para além de Portugal e da Suíça, também já foram feitas buscas em Espanha e em Macau.
A nota revela que há, nesta altura, 41 arguidos, 120 milhões de euros apreendidos ou arrestados, 477 imóveis e dois hotéis arrestados, assim como 11 viaturas, o recheio de seis casas e 143 obras de arte.
Em investigação estão também 100 milhões de ficheiros informáticos, com origem sobretudo na banca.
A Procuradoria-Geral da República diz ainda que nesta altura a investigação envolve 34 pessoas, não só do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), mas também do Banco de Portugal, da Polícia Judiciária, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), da PSP, da Autoridade Tributária e ainda da Inspeção-Geral de Finanças.