28 jun, 2019 - 22:08 • Redação
Se há redes de corrupção estarão a ser investigadas pelo Ministério Público (MP), afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações à Renascença.
O chefe da diplomacia portuguesa reage assim às declarações da ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal ao programa “Em Nome da Lei” da Renascença.
“Se há redes de corrupção em Portugal eu estou certo que o Ministério Público está a investigar”, afirma o ministro.
Augusto Santos Silva confia na justiça e reforça: “se há atos de corrupção em Portugal, eu estou certo que o Ministério Público já os investigou e procedeu à respetiva acusação que está a ser julgada agora por um tribunal ou está a investigar e, se for caso disso, a formular a respetiva acusação”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinha que “este é o Estado de direito que é o nosso e que nós queremos que seja”.
No programa “Em Nome da Lei”, que é transmitido na Renascença sábado depois do meio dia, a ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal defende que é inegável a existência em Portugal de redes que capturaram o Estado e se mantêm ativas na prática de atos ilícitos.
Joana Marques Vidal destaca “redes de corrupção e de compadrio, nas áreas da contratação pública” que se disseminam entre vários organismos de ministérios e autarquias.
“Há efetivamente algumas redes que capturaram o Estado e que utilizam o aparelho do Estado para a prática de atos ilícitos e, felizmente, algumas estão a ser combatidas, mas outras continuam a fazer isso e há até outras que começam”, explica no programa "Em Nome da Lei".