19 mar, 2020 - 13:54 • Redação
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A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, salientou, esta quinta-feira, que a prioridade, nesta fase de pandemia do novo coronavírus, é testar aqueles que apresentam sintomas da Covid-19, mesmo que possam haver muitas outras pessoas suspeitas mas assintomáticas. Ou seja, testes em massa não são prioridade, a não ser que o mercado o permita e a evidência científica o aconselhe.
"A nossa prioridade é testar pessoas sintomáticas. Se for necessário, ainda decidiremos quem são as mais prioritárias e, depois, poderemos partir para uma fase de testar a população em geral", referiu, em conferência de imprensa.
Por essa razão, reconheceu Graça Freitas, Portugal pode ter, já, milhares de infetados sem se saber. Contudo, segundo a diretora-geral da Saúde, essa possibilidade não é necessariamente negativa.
"Todos nós sabemos que há pessoas que nem sequer chegam a apresentar sintomas. As pessoas que estão a ser testadas hoje já se infetaram há cinco, seis, sete dias. Há pessoas que são assintomáticas que só saberemos 'a posteriori', quando começarmos a fazer colheitas de sangue.
"Muitas pessoas já passaram por esta fase sem ter tido consequências da doença, o que para a imunização é bom. É a vacina normal", assinalou.
Direção-Geral de Saúde
A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, adianta (...)
A diretora-geral de Saúde explicou, também, por que razão existem apenas três casos de recuperação da Covid-19, até ao momento.
"Esta doença, ao contrário da gripe, que ao fim de uma semana se encerra, tem período de recuperação longo. São doenças de evolução longa. Tivemos o nosso primeiro caso confirmado dia 2 [de março] e só a partir de agora é que começamos a ter altas. O período estimado para dar dois testes negativos é de cerca de 15 dias, pelo menos", justificou.
Graça Freitas garantiu, ainda, que, em breve, todos terão acesso a testes "para decidir se estão curados e se podem voltar à sua vida normal".