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​Covid-19. Freguesias mobilizadas para ajudar no ensino à distância

31 mar, 2020 - 08:35 • João Cunha

Em declarações à Renascença, o presidente da Associação Nacional de Freguesias diz que aguarda indicações do Ministério da Educação e destaca papel das autarquias no apoio à população, sobretudo aos mais idosos, em plena crise do novo coronavírus.

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A Associação Nacional de Freguesias (Anafre) aguarda com expectativa por indicações do Ministério da Educação quanto à forma como pretende implementar o ensino à distância no terceiro período e em que medida as autarquias locais irão ajudar a tornar isso possível.

O presidente da Anafre, Jorge Veloso, revela à Renascença que já teve um encontro inicial com a equipa do ministério de Tiago Brandão Rodrigues sobre várias questões, entre elas o ensino à distância. Mas aguarda por decisões e indicações da tutela.

"Na sexta-feira, tive uma reunião por videoconferência com a senhora secretária de Estado da Educação, e foi abordado o assunto das desigualdades sociais, das refeições para as crianças e dos equipamentos para que as crianças possam ter aulas à distância. E aguardaremos com expectativa o que o Ministério nos irá informar", explica Jorge Veloso, depois de o ministro da Educação ter admitido, na Renascença, que "tudo indica que as aulas serão à distância" no terceiro período.

Quanto ao papel que tem vindo a ser desempenhado pelas juntas de freguesia do país, no apoio à população - sobretudo a mais idosa - Jorge Veloso destaca a atitude pró-ativa que está a ser reconhecida por todos.

"Tem tido um papel de extrema importância, pela atitude pró-ativa de solidariedade e humanismo para com todos os cidadãos, mas especialmente com os idosos e doentes crónicos. Temos dado todo o apoio para que ninguém se sinta obrigado a sair de casa para fazer uma compra ou ir à farmácia. Temos feito tudo o que nos é possível e esse apoio é transversal a quase todo o país."

Para este trabalho têm contribuído, em muito, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). O presidente da Anafre diz que as instituições sociais "têm procurado dar a ajuda necessária nada faltar às populações, sobretudo no interior do país".

Por fim, Jorge Veloso aplaude a iniciativa da delegação distrital da Guarda da Associação Nacional de Freguesias, que está a promover uma campanha de angariação de fundos para compra de ventiladores e de equipamentos de proteção individual para a Unidade Local de Saúde.

"Todas as iniciativas nesse sentido são boas. Venham de quem vierem", remata.

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  • Rafael
    31 mar, 2020 Leiria 14:31
    Gostava de entender como funcionaria o ensino se olhássemos para a metodologia de José Pacheco... Exemplos bem conhecidos como o projecto Novas Rotas em Capelas ou todos os outros em estados evoluídos de comunidades de aprendizagem implementados no Brasil... Talvez recuasse um pouco mais e lesse um pouco de Agostinho da Silva e tentasse entender como o ensino sobrevivesse. Que olhar tem a Catalunha com os Franciscanos, ou os Salesianos ou ainda a Noruega... Mas, não iria tão longe para ler só ... a Constituição da República e a LBSE...acho que bastaria para entender que se vive a educação e o ensino em base de interesses económicos de editoras ou de outros negócios como centros de explicação... Com base neste exposto e findados estes interesses deixaria de existir necessidades parvas e de ditos exames ou testes... Pensemos seriamente na educação e ensino da criança para o séc.XXI e não num porque sim... Temos neste instante a grande oportunidade em sermos os melhores do mundo...acabando com vícios tolos, e gerar novos paradigmas que olhem para a criança realmente e que esta tenha uma presença real. Por fim...UM EXAME VALERÁ MAIS OU MENOS QUE UM PORTEFÓLIO... UMA COMUNIDADE É MAIS QUE UM INDIVÍDUO... O GRUPO, O COLECTIVO, A EQUIPE, A COMUNIDADE, A FAMÍLIA...VERSUS o individuo em interesse "económico", quem ganha? Então mudemos...não esperemos que um capitão o diga para mudar...se este nem sabe o que mudar...

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