01 mai, 2020 - 14:26 • Inês Braga Sampaio
A ministra da Saúde revelou, esta sexta-feira, que o risco de transmissibilidade do novo coronavírus, ou "Rt", entre 23 e 27 de abril, em Portugal, foi de 0,92. Valor que representa uma descida relativamente ao divulgado para os dias 16 a 20 de abril, que era de 1,04.
"Segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, nos últimos cinco dias de análise, ou seja, entre 23 e 27 abril, o número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado, medido em função do tempo, o conhecido 'Rt', foi de 0,92 com uma variação muito ligeira entre regiões. Exatamente este valor nas regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, e um pouco abaixo na região Centro", referiu Marta Temido, na conferência de imprensa diária sobre a Covid-19.
Coronavírus
Marta Temido salienta que a pandemia do novo coron(...)
A um dia de se completarem dois meses desde a confirmação do primeiro caso confirmado do novo coronavírus, em Portugal, a ministra frisou que a política de saúde e planeamento da fase de alívio, "sobretudo em termos de controlo da epidemia, terá dois objetivos essenciais":
"Reduzir mortalidade e gravidade da Covid-19, e manter a transmissão a um nível considerado aceitável, ou seja, com o tal risco de transmissão de um caso para outros, o 'R', relativamente contido. Vamos continuar a adotar medidas para controlar a transmissão do vírus, e para reduzir e manter a níveis o mais baixo possíveis a mortalidade e os casos graves."
Nesse sentido, ação do Governo focar-se-á em monitorizar as populações de risco e guarnecer a reserva estratégica de meios - equipamentos de proteção individual, equipamentos de cuidados intensivos, medicação, infraestrutura e recursos humanos - "para responder adequadamente a um eventual ressurgimento de um surto epidémico".
Na ótica de Marta Temido, o "grande desafio dos próximos tempos" será tomar medidas "da forma mais precisa possível, para evitar medidas desproporcionais e excessivas" para a situação epidemiológica.
Em Portugal, a Covid-19 já fez 1.007 mortes, entre as 25.351 infetadas, segundo o balanço da Direção-Geral da Saúde desta sexta-feira.