Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Covid-19. Apenas seis dos 14 óbitos ocorreram nas últimas 24 horas

25 mai, 2020 - 12:49 • Eduardo Soares da Silva

Diretora-geral da Saúde esclarece que se trata de um ajustes nos certificados de óbito. DGS não se pronuncia sobre possível segunda vaga, pois "estudos apontam em vários sentidos".

A+ / A-

Veja também:


Apenas seis dos 14 óbitos ocorreram nas últimas 24 horas. O anúncio foi feito por António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, e Graça Freitas, diretora-geral da Saúde explica que se trata de um ajuste no certificado de óbito.

“Só seis dos 14 óbitos do boletim de hoje é que ocorreram nas últimas 24 horas. Outros óbitos resultaram da verificação dos certificados de óbito levados a cabo pela DGS”, afirmou o secretário de Estado, antes de passar a palavra à porta-voz da DGS, que explicou em detalhe.

"Os certificados de óbito são eletrónicos e sempre emitidos por um médico. Nestas situações de Covid-19, se um óbito acontece com sintomatologia compatível com a covid, o médico coloca que é por covid, mas depois o teste pode dar negativo, depois do óbito. O inverso também pode acontecer. O teste pode confirmar que afinal um óbito foi por covid. Verificamos todos os dias para adicionar ou retirar. Não estranhem pequenas diferenças, porque se devem a precisão do certificado de óbito", afirma.

A diretora-geral da Saúde explica que a DGS tem melhorado o tratamento dos dados desde o início da pandemia e permite acompanhar os doentes até ao momento em que são considerados como curados.

"Sempre dissemos que fomos melhorando o sistema de informação com que começamos esta epidemia. Antes, obtinhamos os recuperados através de formulários que nos enviavam dos hospitais, depois criamos a plataforma TraceCovid, que permitiu inscrever os doentes, e fomos percebendo os doentes que eram dados como curados", revela.

DGS não se pronuncia sobre segunda vaga

Em relação a uma possível segunda vaga, Graça Freitas explica que os diferentes estudos, realizados pelo mundo, apontam em diferentes caminhos em relação a uma possível existência, ou não, de uma segunda vaga.

"Não me quero pronunciar, os estudos apontam em vários sentidos e é preciso aguardar se vamos ter várias pequenas vagas, ou uma segunda maior. Não conseguimos prever com segurança", explica.

Sobre a transmissão do vírus, a DGS recorda que esta depende do contacto social de cada infetado.

"Descobrem-se sempre pessoas que transmitiram a muitas outras, são as chamadas pessoa supercontagiosas. Sabemos disso depois através de estudos e em Portugal também se fará, um dia, um estudo desses. Do ponto de viste metodológico, há sempre pessoas com maior capacidade de contagiar outras, porque viajou para muitos sítios, por exemplo. A vida social das pessoas contribui, ou não, para a disseminação", alerta.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+