12 ago, 2020 - 08:02 • Fátima Casanova
A migração da rede de emissores da TDT (Televisão Digital Terrestre) é retomada nesta quarta-feira no Alto Alentejo, depois de ter sido interrompida em março, por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus.
A Covid-19 obrigou à mudança de planos da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que afinal vai retomar a migração dos emissores da Televisão Digital Terrestre no distrito de Portalegre – e não em Palmela, como estava inicialmente previsto.
O processo foi interrompido a 13 de março por causa da pandemia, quando já tinham sido alterados 63 (Algarve e Baixo Alentejo) dos 243 emissores do país.
Se não houver mais imprevistos, deverá ficar concluído até ao final do ano, com a mudança da rede de emissores nas ilhas da Madeira e dos Açores.
A migração da rede de TDT – plataforma que transmite os canais de televisão em sinal aberto, como os canais públicos (RTP1, RTP2, RTP3 e Memória), SIC, TVI e canal Parlamento – é necessária para libertar as faixas que deverão ser usadas no 5G.
A porta-voz da Anacom explica à Renascença que, “no dia em que o emissor for alterado, o ecrã ficará a negro”. Nesse momento, para continuar a aceder aos canais, os utilizadores têm apenas de fazer a alteração da frequência no televisor.
Basta “agarrar no comando da televisão ou do descodificador da TDT e fazer uma sintonia automática”, explica Ilda Matos.
A porta-voz do regulador esclarece ainda que “não é preciso saber qual é a nova frequência, nem qual é o novo emissor, porque o equipamento para automaticamente quando apanha o sinal mais forte e a imagem retoma”.
Presidente da Autoridade de Comunicações alerta pa(...)
A retoma da migração começa “no distrito de Portalegre, com a alteração do emissor de Alter do Chão. Segue-se, no dia 17, o de Sousel e nos dias seguintes os de Elvas, Arronches e Campo Maior”, explica ainda Ilda Matos.
Quanto às pessoas que recebem o sinal através do “emissor de S. Mamede, não precisam de se preocupar, porque já está a funcionar na nova frequência”.
Por admitir que, nestes momentos de mudança de frequências, “existe o risco de alguém querer tirar vantagem da situação”, Ilda Matos avisa que “não é necessário comprar nem novos descodificadores, nem novos televisores, nem novas antenas. Basta sintonizar”. Também não será necessário subscrever serviços de televisão paga.
Já no caso dos condomínios/edifícios que tenham instalações com amplificadores mono-canal, poderão ter que os substituir, alerta o regulador.
Para quem precisa de apoio, a Anacom disponibiliza o número 800 102 002. Do outro lado da linha, a porta-voz do regulador garante que “haverá alguém que vai ajudar a fazer a sintonia, passo a passo”.
Se, ainda assim, o processo não correr bem, poderá ser “agendada a visita de um técnico da Anacom para fazer a sintonia presencialmente”. A ida da equipa técnica não tem custos para o utilizador.
Até à interrupção do processo, o centro de atendimento recebeu cerca de 21 mil chamadas, tendo sido necessário apoiar presencialmente as pessoas, com o envio de uma equipa técnica do regulador em pouco mais de mil situações.