31 mai, 2022 - 20:53 • Sandra Afonso
A carência por chips, que se tem feito sentir um pouco por todo o mundo, vai obrigar a Altice a mudar as "boxes" da televisão.
Os semicondutores continuam a chegar mais de um ano depois do pedido, o que obriga a empresa a pensar fora da caixa. Um trabalho que está a ser feito no Altice Labs, em Aveiro, onde a empresa está a “criar novos produtos, com funcionalidades semelhantes mas com componentes mais recentes, para os quais não há falta de mercado”, explica o director-geral, Alcino Lavrador, citado pelo jornal digital ECO.
Na prática, o grupo de telecomunicações está a mudar as boxes da televisão e da internet, para evitar a paragem do serviço.
“Há um router que foi desenhado há dois anos mas, de repente, deixa de ser fornecido um determinado componente. Nós temos de redesenhar o equipamento para substituir esse componente, com um fim de vida muito mais rápido. Não podemos dizer que o equipamento já não pode ser fornecido porque este componente já não existe. À conta disso, teriam de estar alguns meses à espera”, refere Alcino lavrador.
O Altice Labs, que comemora seis anos de actividade, conta com 700 engenheiros e está há procura de mais 100, para ajudar a desenvolver routers de internet, extensores de wifi e outras soluções de rede. Uma das novas apostas passa também pela saúde, como ecografias com recurso a óculos de realidade aumentada.
Atualmente, trabalham para 300 milhões de consumidores em 60 países, que representam três quartos das receitas (73%). O Brasil é um dos principais mercados.