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Câmara do Porto vai vedar antigo prédio militar na Avenida de França após queixas

12 jul, 2024 - 14:46 • Ana Fernandes Silva

Ordem de vedar o antigo edifício militar na Avenida de França, que é propriedade do IHRU, surge na sequência de queixas de vários moradores

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"Estamos a falar de uma organização que vive da mendigagem, do roubo e do tráfico, que já foi presenciado".

Este é um dos muitos relatos, de quem vive na Avenida de França, no Porto. Foram vários os testemunhos, que levaram a uma decisão imediata por parte de Rui Moreira, esta sexta-feira de manhã, no Conselho de Municipal de Segurança.

O presidente da Câmara do Porto vai mandar vedar o antigo edifício militar na Avenida de França, na sequência de queixas de vários moradores sobre o uso indevido do espaço e envolvente por uma comunidade minoritária.

"Vou mandar a Proteção Civil vedar o edifício por fora até que o IHRU [Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana] queira lá fazer alguma coisa", afirmou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, durante o Conselho Municipal de Segurança.

Os moradores, que dizem que têm sido alvo de "várias ameaças" por parte da respetiva comunidade, relataram a presença diária de lixo, fezes, urina nos jardins dos seus prédios e no espaço público.

"Os nossos jardins estão devidamente identificados como propriedade privada, no entanto, há deposição constante de entulho, sejam fezes, urina, tachos com restos de comida", conta um dos moradores na Avenida de França, durante o Conselho Municipal de Segurança.

E continua o relato... "somos obrigados a fechar os passadores do jardim para não roubarem a nossa água. Um dos prédios teve uma conta de 900 euros de água em abril, pela utilização inadvertida de água".

O mesmo testemunho conta ainda que alguns moradores foram alvos de "tentativas de assalto".... "desaparecem bicicletas e depois vêmo-las a circular".

Ameaças diretas e imagens que "chocam", à porta de casa. "Há duas semanas assisti a prostituição", conta um dos moradores.

A ordem de vedar o antigo edifício militar na Avenida de França, que é propriedade do IHRU, surge na sequência de queixas de vários moradores, que marcaram presença na sessão, relativamente ao uso indevido dos prédios e uso abusivo da sua envolvente por parte de uma comunidade minoritária.

Em março do ano passado, o IHRU lançou um concurso público para a reabilitação do prédio, onde pretende construir 36 fogos para arrendamento acessível.

Segundo Rui Moreira, "só agora estão a entrar na câmara pedidos de licenciamento para transformar aquilo em habitação".

Localizado num terreno com 1.155 metros quadrados, o antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar foi um dos oito imóveis que, em dezembro de 2021, passou da Defesa Nacional para o IHRU, através da constituição de direito de superfície por um período de 75 anos.

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