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CCDR-Norte propõe classificação da Estação Arqueológica do Prazo

21 nov, 2024 - 09:13 • Olímpia Mairos

Sítio em Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa, remete para uma viagem pela História, do neolítico à idade contemporânea.

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A CCDR-Norte propôs ao Património Cultural, I.P. a classificação do Sítio Arqueológico do Prazo, localizada em Freixo de Numão, no concelho de Vila Nova de Foz Côa.

De acordo com Jorge Sobrado, vice-presidente da CCDR-Norte para a Cultura e o Património, a medida visa “proteger um notável património da região do Douro Superior, testemunho de uma villa romana e de uma basílica cristã medieval, entre outros valores, e criar as condições para a sua conservação e valorização”.

A estação arqueológica foi descoberta em meados do século XX durante o plantio de amendoeiras, tendo sido alvo de intensa investigação durante os anos 80 e 90 do século passado e início do século XXI, impulsionada pelos trabalhos do arqueólogo António Sá Coixão.

“O Prazo é um complexo arqueológico composto de materialidades notáveis, testemunho da forma como diferentes grupos humanos se apropriaram e construíram esta paisagem, desde a época pré-histórica até à história recente”, assinala a CCDR-Norte.

De entre os vestígios conhecidos destacam-se, pela sua monumentalidade, os vestígios da villa romana (séculos I-IV d.C.) a par da Basílica e cemitério medievais (séculos IV-XIII). Parte dos materiais arqueológicos recuperados durante as diversas campanhas de escavação podem também ser visitados no Museu da Casa Grande, em Freixo de Numão.

“A classificação do Prazo tem como objetivo garantir a preservação do sítio, assegurando que intervenções futuras e atividades na área respeitem o valor histórico e cultural do local, assim como as condições da sua justa valorização cultural, comunitária e turística”, indica a CCDR-Norte, acrescentando que a proposta tem por base “os estudos arqueológicos produzidos, dos quais resulta a inequívoca importância desta estação no contexto da Arqueologia no Norte de Portugal”.

Para a CCDR-Norte, a salvaguarda e valorização deste sítio é “um contributo relevante para a promoção patrimonial e cultural do Douro e de toda a Região Norte”.

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