02 jan, 2025 - 18:55 • Fátima Casanova
A Polícia Judiciária (PJ) ainda não concluiu a investigação à morte de Odair Moniz na Cova da Moura, em outubro de 2024, durante uma operação da PSP, esclareceu à Renascença uma fonte próxima do processo.
Esta quinta-feira, a agência Lusa noticiou que a investigação ao caso já tinha sido concluída, o que não se confirma, de acordo com a fonte contactada pela Renascença.
A Polícia Judiciária elaborou um relatório preliminar, mas a investigação continua.
A mesma fonte contactada pela Renascença prevê que a investigação esteja concluída em breve.
Também fonte do Ministério Público confirma à Renascença que o inquérito ainda está em investigação e em segredo de justiça.
As inquirições decorrem há cerca de dois meses. Em causa está a morte de Odair Moniz, 43 anos, em 21 de outubro de 2024 na Cova da Moura, Amadora, na sequência de disparos feitos por um agente da PSP durante uma perseguição policial.
O agente foi constituído arguido pelo crime de homicídio simples e, segundo avançou à Lusa o seu advogado Ricardo Serrano Vieira, ainda não regressou ao trabalho e não existe ainda data para retomar funções.
Além do processo no Ministério Público, a PSP também abriu um inquérito interno ao caso e a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tem a decorrer um inquérito disciplinar para apurar as circunstâncias em que foram feitos os disparos. O agente da PSP será ouvido na IGAI no próximo dia 10 de janeiro, depois de já ter sido ouvido pelo Ministério Público no início de dezembro, tendo optado pelo silêncio.
De acordo com informação oficial da Direção Nacional da PSP, Odair Moniz ter-se-á colocado em fuga quando foi abordado pelos agentes, durante a madrugada do dia 21 de outubro, e "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca".
[notícia atualizada às 19h48]