03 jan, 2025 - 14:56 • Ana Fernandes Silva
São dados "muito preocupantes" reveladores de uma trágica tendência de aumento nos últimos anos. É o alerta do presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados.
Em declarações à Renascença, Manuel João Ramos fala de um problema social que tem sido esquecido pelos responsáveis políticos.
"O Estado, seja a nível central, seja a nível local, deve ser responsável e responsabilizado de forma a evitar que qualquer erro de condução, qualquer falha na condução tenha consequências que levem a ferimentos e mortos dos condutores e dos utentes das estradas".
Manuel João Ramos defende que "o Estado deve ter uma política que leva a que as estradas e as ruas sejam feitas de forma a não amplificar os erros normais e pouco normais dos utentes da estrada, mas sim a diminuí-los, a prevenir que esses erros possam ter consequências trágicas".
O presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados acusa a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária de não cumprir o seu propósito.
"Não há planos nacionais, planos municipais de segurança rodoviária e, portanto, temos este problema básico em que temos uma autoridade responsável pela redução da sinistralidade que, na verdade, não é uma autoridade", refere.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) registaram mais vítimas mortais e mais feridos graves em acidentes de viação, mas um menor número de ocorrências durante a Operação “Natal e Ano Novo 2024/2025”, que decorreu entre o dia 18 de dezembro de 2024 e 2 de janeiro de 2025.