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Educação

Auxiliares "são pau para toda a colher" nas escolas

06 jan, 2025 - 06:00 • Fátima Casanova

Filinto Lima traça como prioridade a atualização rápida da chamada portaria dos rácios do pessoal não docente. No início do 2.º período letivo, o presidente da ANDAEP defende que é preciso pagar mais aos assistentes operacionais porque “têm uma enorme responsabilidade na sua função”.

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O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, defende que seja dada prioridade à atualização rápida da chamada portaria dos rácios do pessoal não docente, que data de 2021.

Em declarações à Renascença, no arranque do 2.º período letivo de aulas, Filinto Lima defende que é urgente reforçar o número de funcionários nas escolas para dar resposta a uma maior diversidade da população escolar. "Temos cada vez mais alunos com necessidades específicas e temos cada vez mais alunos filhos de imigrantes, que precisam de uma integração adequada”, argumenta.

Por outro lado, este dirigente chama a atenção para o facto de as escolas terem “funcionários com mais idade e, naturalmente, com mais doenças”.

Filinto Lima defende, por isso, que “é preciso que essa portaria seja revista, urgentemente, por forma a que faça chegar às escolas públicas mais funcionários”.

O presidente da ANDAEP sublinha que esta é uma prioridade para os diretores escolares, sublinhando que só pode ser concretizada “em Lisboa por vontade do Governo ou por vontade da Assembleia da República”.

Funcionários das escolas precisam de melhores salários e melhores condições de trabalho

Nestas declarações à Renascença, o presidente da ANDAEP defende que é preciso “dar melhores condições de trabalho ao pessoal não docente”.

Filinto Lima insurge-se também contra aquilo que considera “os baixos salários que auferem, que é pouco mais do que o salário mínimo nacional”.

Considera que estes funcionários “têm enorme responsabilidade, mas essa responsabilidade não é refletida no vencimento que auferem todos os meses, nem nas suas condições de trabalho”.

Filinto Lima insiste que o pessoal não docente “tem uma enorme responsabilidade na sua função, no apoio que presta aos alunos, no acompanhamento e no apoio que faz aos professores”, sublinhando que os auxiliares “são, na verdade, pau para toda a colher”.

O presidente da ANDAEP e diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia, defende, por isso, que é necessário “elevar os seus baixos vencimentos”.

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